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CCR nega atraso em obras e diz que falta clareza do governo

A CCR afirmou estar pronta para assumir novos compromissos de investimento, mas que depende de sinalização do governo para contratar novas obras


	Trecho da BR-116: concessionária afirmou que é preciso fazer novos investimentos no trecho entre Rio e São Paulo
 (CNT/Divulgação)

Trecho da BR-116: concessionária afirmou que é preciso fazer novos investimentos no trecho entre Rio e São Paulo (CNT/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 21 de setembro de 2016 às 10h10.

Brasília - O diretor-presidente do Grupo CCR, Renato Alves Vale, disse que a empresa está pronta para assumir novos compromissos de investimentos nos 402 km da BR-116, entre São Paulo e Rio, mas que depende de um sinal conclusivo do governo sobre a viabilidade de contratar as novas obras.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Vale negou que a concessão Nova Dutra, administrada pela CCR, tenha obras em atraso, conforme auditorias feitas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), e disse que a empresa tem sido obrigada a olhar destinos em outros países para alocar investimentos, por causa da indefinição sobre os projetos no Brasil.

Vale disse ainda que a empresa nunca esteve interessada em fazer a "renovação antecipada" da concessão, que vence em 2021, mas sim de realizar novos investimentos no trecho, necessários por causa do aumento de fluxo de carros.

Segundo Vale, o termo aditivo para prorrogar a concessão seguiu orientações de reequilíbrio financeiro de contrato feitas pelo TCU e hoje depende de uma definição da Agência Nacional de Transportes Terrestres.

A agência já apresentou cinco cenários de investimentos, com aportes que variam de R$ 1,7 bilhão a R$ 3,5 bilhões e extensão de 6 a 17 anos de contrato. "Falta uma decisão do governo se quer fazer ou não. Se ele tomar essa decisão, está tudo pronto para que os investimentos sejam realizados", disse.

Auditoria recente feita pelo TCU aponta que a CCR Nova Dutra descumpriu metas de execução de obras obrigatórias previstas nos últimos anos. Em 2009, segundo o tribunal, a Nova Dutra chegou a registrar um índice de 71% de compromissos obrigatórios não cumpridos. Esse porcentual caiu para 15% em 2014. Vale refuta os dados. "Já fizemos 93% dos investimentos previstos no contrato."

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