Negócios

CCR manterá estratégia com chegada de Leonardo Vianna à presidência

Um dos principais desafios de Vianna será a renovação do portfólio de concessões a vencer da companhia, como a rodovia Presidente Dutra

Na bolsa: às 13h48, as ações da CCR exibiam queda de 1,15%, enquanto o Ibovespa mostrava alta de 1,42% (Valéria Gonçalves/Site Exame)

Na bolsa: às 13h48, as ações da CCR exibiam queda de 1,15%, enquanto o Ibovespa mostrava alta de 1,42% (Valéria Gonçalves/Site Exame)

R

Reuters

Publicado em 24 de julho de 2018 às 14h51.

Última atualização em 24 de julho de 2018 às 14h54.

São Paulo - A CCR não pretende promover mudanças drásticas em sua estratégia com a indicação de Leonardo Vianna para a presidência-executiva da companhia de concessões de infraestrutura, afirmou o diretor financeiro da empresa, Arthur Piotto Filho, nesta terça-feira.

Segundo Piotto, parte "fundamental" da decisão que motivou a escolha do conselho de administração da CCR foi a experiência de Vianna como diretor de novos negócios da empresa desde 2002.

Na sexta-feira, a CCR anunciou a nomeação de Vianna para o lugar de Renato Vale, que deixará no final deste mês a companhia que presidiu desde a fundação há duas décadas.

"A estratégia da companhia segue a mesma. O mercado não deve esperar surpresas sobre linhas de negócios. (A indicação de Vianna) É solução que foi decidida pelo conselho baseado numa série de fatores e levando em consideração principalmente o desafio de oportunidades de negócios no médio prazo", disse Piotto em teleconferência com analistas do mercado.

"O mercado não deve aguardar mudanças nos setores atuados pela companhia", acrescentou o executivo.

Piotto porém, evitou fazer comentários sobre o estágio atual das investigações internas em torno de citações da empresa por delatores da operação Lava Jato, afirmando que comitê independente criado pela CCR em março para apurar suposto envolvimento do grupo em esquema de corrupção ainda não concluiu suas análises.

A mudança na gestão da empresa, maior companhia de concessões de infraestrutura de transporte do país, também ocorre em meio a rumores de que o grupo Andrade Gutierrez, um dos envolvidos nas denúncias da Lava Jato, estaria negociando venda de sua participação de cerca de 15 por cento na CCR. Piotto não se manifestou sobre os rumores, mas frisou que a escolha de Vinna ocorreu "em caráter definitivo. Não é um mandato tampão".

Segundo o executivo, um dos principais desafios de Vianna à frente da CCR será a renovação do portfólio de concessões a vencer da companhia, como a rodovia Presidente Dutra, cujo contrato vence em 2021.

"Existe enorme carência de projetos para atualização da infraestrutura brasileira onde já atuamos, portanto a estratégia é continuar a expandir o portfólio dentro das linhas de negócios atuais", disse Piotto, que por sua vez é diretor financeiro da CCR desde 2007.

Às 13h48, as ações da CCR exibiam queda de 1,15 por cento, enquanto o Ibovespa mostrava alta de 1,42 por cento.

Acompanhe tudo sobre:CCRCEOsEmpresasgestao-de-negocios

Mais de Negócios

Esta empresária catarinense faz R$ 100 milhões com uma farmácia de manipulação para pets

Companhia aérea do Líbano mantém voos e é considerada a 'mais corajosa do mundo'

Martha Stewart diz que aprendeu a negociar contratos com Snoop Dogg

COP29: Lojas Renner S.A. apresenta caminhos para uma moda mais sustentável em conferência da ONU