Morgan Stanley: ação foi movida pela viúva de um empresário multimilionário, falecido desde 2012 (Stephen Chernin/Getty Images)
Tatiana Vaz
Publicado em 21 de maio de 2015 às 16h41.
São Paulo – O banco de investimento Morgan Stanley corre o risco de levar uma pesada multa se perder uma ação movida contra o banco pela viúva de um cliente multimilionário.
Lynnda Speer foi casada com Roy Speer, co-fundador da uma grande varejista de eletrônicos, a Home Shopping Network, até ele falecer, em 2012.
O fato é que ela acusa a gerente de fortunas do banco, a executiva Ami Forte, de realizar milhares de transações não autorizadas na conta de seu marido.
As operações teriam gerado um desvio de 40 milhões de dólares e teriam sido feitas de 2007 até depois da morte de Roy.
Para agravar ainda mais a situação, a gerente e o empresário estariam tendo um caso desde 1998 e testemunhas poderiam endossar isso.
Pior que o esperado
O banco acredita que a ação movida pela viúva possa lhe render uma multa um pouco menor, de apenas 170 milhões de dólares.
Porém, o caso tende a ser agravado por mais um detalhe: perto do fim, Roy estava com a saúde debilitada.
Por uma lei de amparo ao idoso da Flórida, o banco não poderia seguir administrando os bens de uma pessoa com frágil saúde mental e física.
"Durante os últimos anos de sua vida, Roy Speer sofria de capacidade mental diminuída e graves enfermidades físicas", disse ao Business Insider um dos advogados que representa a viúva. “Ele estava de cadeira de rodas, usava fralda e não poderia dirigir."
Ami Forte teria cuidado da fortuna multimilionária de Roy por anos. Mas a preocupação também é de como o caso pode abalar sua reputação.
Ela é uma das poucas executivas mulheres participantes do comitê de conselheiros de riquezas do Morgan Stanley e está no grupo desde 2001, graças ao seu prestígio profissional.