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Apresentado por POKERSTARS

Casal brasileiro conta como fez do pôquer um estilo de vida

Lali e Rafael jogam torneios no PokerStars, o maior site de pôquer do mundo. Eles revelam os ensinamentos do jogo para a vida e os negócios

Lali e Rafael: casal se conheceu em 2010 durante um campeonato de xadrez (PokerStars/Divulgação)

Lali e Rafael: casal se conheceu em 2010 durante um campeonato de xadrez (PokerStars/Divulgação)

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Publicado em 1 de junho de 2022 às 09h00.

Última atualização em 1 de junho de 2022 às 11h20.

Você pode imaginar alguém fazendo do pôquer um estilo de vida? Se sua resposta for não, é sinal de que você ainda não conhece Lali Tournier e Rafael Moraes. O casal brasileiro – ela de Joinville (SC), ele da zona leste de São Paulo – viu no jogo de cartas uma possibilidade de carreira capaz de abrir portas para uma vida promissora. “É um tipo de trabalho que nos dá muita liberdade”, diz Moraes. E, como pondera Lali, “mais liberdade, mais responsabilidade”.

Moraes diz que não precisa trabalhar todos os dias, afinal, não é um funcionário com carteira assinada, mas, sempre que quer, participa dos torneios do PokerStars – o maior site de pôquer do mundo, com mais de 200 bilhões de mãos jogadas e 1,85 bilhão de torneios realizados até hoje.

O pôquer, ao contrário do que muitos pensam, não é apenas um jogo de sorte – existe, mas tem um pequeno papel no resultado de um torneio. “É um jogo de informação”, diz Lali. “As pessoas enviam informações de maneiras diferentes, e o tamanho da aposta é uma delas”.

Como joga profissionalmente, o casal estuda muito sobre como captar informações de seus adversários. Uma das técnicas é fazer anotações sobre cada jogador, para que você conheça seu estilo de jogo quando os encontrar em uma mesa novamente.

Um jogo de estratégia: para Rafael, pôquer não é apenas um jogo de sorte, mas sim de “informação” (PokerStars/Divulgação)

Xadrez e pôquer: similaridades

Tanto Lali quanto Moraes eram enxadristas – e foi em um campeonato dessa modalidade que se conheceram, em 2010. Começou então a haver uma migração de alguns enxadristas para o pôquer. “Meu primeiro contato com o pôquer foi em um torneio de xadrez”, lembra Moraes. “Usamos as peças de xadrez para jogar pôquer e jogamos um jogo. Eu vi que era superlegal”.

Moraes explica que os dois jogos têm muitas semelhanças. “São jogos longos [um torneio de pôquer online pode levar até 8 horas] e exigem muito da nossa mentalidade, com muita disciplina para ficar horas sentado”, diz. “Ambos também exigem disciplina para estudar e aprender os movimentos”.

Como em 2010 o pôquer ainda não era difundido no Brasil – “era tudo mato”, como brinca Moraes –, não havia cursos que ensinassem as técnicas, e os jogadores profissionais eram poucos. “Não tínhamos referências para admirar”, diz ele. Os dois aprenderam, na prática, brincando muito com os amigos. “Era um pôquer de respiração, para melhorar a forma como jogávamos”. Outra barreira naquela época era o preconceito. “Como em 2010 o pôquer ainda não era tão bem visto, para provar a meus pais que eu poderia viver disso, tive de me dedicar muito”, lembra Lali.

No início, já jogando online, ela participava dos campeonatos em horário comercial. Com o tempo, isso mudou – e ser capaz de definir sua própria agenda é uma das vantagens da carreira de um jogador de pôquer profissional. “Hoje começo por volta de 1 hora”, diz Lali.

No Brasil, o campeonato de pôquer mais popular é o Brazilian Series of Poker (BSOP) com alguns eventos importantes para este ano como Rio de Janeiro (de 1o a 7 de junho), Winter Millions (de 13 a 20 de julho), Gramado (de 12 a 18 de outubro). ) e BSOP Millions, com início em 14 de novembro e realizado no WTC Sheraton, em São Paulo.

Para quem joga por diversão, Moraes compara o torneio de pôquer a uma partida de tênis entre amigos. “Você tem uma despesa de aluguel da quadra, da raquete, do estacionamento, e no final da partida você sai se sentindo bem. No pôquer é a mesma coisa.”

Lições de pôquer para a vida

Além do entretenimento, o pôquer ensina algumas habilidades aos jogadores que são úteis para a vida pessoal e empresarial. Lali comenta que ao passar por altos e baixos nos torneios ela aprende a lidar melhor com situações inesperadas da vida. “Aprendemos que não estamos no controle e acabamos lidando bem com situações não muito boas que acontecem na vida.”

Moraes acrescenta que o pôquer ensina que não é porque algo não está funcionando que você tem, necessariamente, errado. “Ajuda na aleatoriedade da vida, ter consciência de que você está tomando as melhores decisões, e que mesmo assim o resultado pode ser diferente do esperado”.

Ele também comenta que além de ajudar a ser mais resiliente, o jogo ajuda a entender as pessoas. “Assim, você acaba lidando melhor com as negociações, na medida em que a pessoa pode ceder”, exemplifica.

Não à toa, muitos executivos adotam o jogo como hobby. “Nos negócios, o pôquer prepara você para lidar com diferentes tipos de situações, esperar que a outra pessoa aja e então você pode dizer a ela o que ela precisa ou quer ouvir.”

É um jogo que também ajuda a reduzir a aversão ao risco. “O pôquer não é um jogo de azar, como ainda pensam alguns, é um jogo de habilidades, que também usamos na vida”, conclui Moraes.

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