São Paulo - A carteira de crédito pessoa física do Bradesco foi impulsionada, durante o quarto trimestre, pelo desempenho do cartão de crédito e do imobiliário. Na outra ponta, crédito a veículos seguiu em queda, conforme relatório que acompanha suas demonstrações financeiras.

Foram R$ 17,919 bilhões de outubro a dezembro em crédito imobiliário para pessoas físicas, montante 7,1% maior que nos três meses anteriores. Em um ano, o avanço chegou a 31,7%. No cartão, os aumentos foram de 8,1% e 9,7%, respectivamente, para R$ 26,233 bilhões.

O crédito consignado (com desconto das parcelas diretamente na folha de pagamento) alcançou R$ 29,619 bilhões no Bradesco ao final de dezembro, com elevação de 1,3% ante setembro e de 10,6% na comparação com 12 meses.

Em contrapartida, recursos para a compra de veículos diminuíram em 0,7% e 8,8%, nesta ordem, para R$ 24,858 bilhões.

Também retraíram as carteiras de crédito pessoal e cheque especial, cujos juros são mais altos que outros segmentos. No trimestre, esses segmentos tiveram redução de 2,4% e 7,3%. Já no ano, a carteira de crédito pessoal recuou 0,7% e a de cheque especial aumentou 10,6%.

Ao final de dezembro, as operações de pessoas físicas do Bradesco somaram R$ 141,432 bilhões, alta de 2,5% em relação ao trimestre anterior e de 8,2% na comparação com um ano.

O banco cumpriu a meta esperada para 2014 ainda que o crescimento tenha vindo mais próximo do piso da faixa anunciada de alta de 8% a 12%. Essa projeção foi mantida para 2015.

Já a carteira de pessoa jurídica do Bradesco cresceu 2,5% no quarto trimestre ante o terceiro e 5,8% em um ano, para R$ 313,695 bilhões. Os destaques de crescimento, de acordo com o banco, foram operações no exterior, capital de giro, financiamento imobiliário e outros.

De outubro a dezembro, essas áreas cresceram 7,9%, 5,1%, 4,6% e 10,7%, respectivamente, ante os três meses anteriores. No ano, foram de 12,9%, -1,3%, 48,5% e 3,2%.

O crescimento de 5,8% do crédito para empresas em 2014 ficou abaixo da meta divulgada pela instituição, de alta de 6% a 10%. Para este ano, o banco publicou projeções ainda mais conservadoras.

Na pessoa jurídica, a expectativa do Bradesco é de que crédito cresça no mínimo 4% e no máximo 8%. Em novembro, o diretor executivo do Bradesco, Luiz Carlos Angelotti, havia antecipado que o crédito de pessoa física deveria ter desempenho melhor e crescer mais em 2015.