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Carrefour vai internalizar serviços de segurança já neste mês

Medida começará por quatro hipermercados do Carrefour no Rio Grande do Sul após morte de João Alberto Silveira de Freitas em Porto Alegre

Carrefour: seguranças serão funcionários da varejista após morte de João Alberto Silveira de Freitas (Guilherme Gonçalves/Fotos Públicas)

Carrefour: seguranças serão funcionários da varejista após morte de João Alberto Silveira de Freitas (Guilherme Gonçalves/Fotos Públicas)

Marina Filippe

Marina Filippe

Publicado em 4 de dezembro de 2020 às 15h23.

A varejista Carrefour inicia no dia 14 de dezembro a internalização dos serviços de segurança. A novidade se dá a partir das proposições do Comitê Externo e Independente originado após João Alberto Silveira de Freitas ter sido morto por seguranças de uma loja em Porto Alegre.

O processo de internalização começará pelos quatro hipermercados no Rio Grande do Sul, em um projeto piloto, incluindo a loja Passo D’Areia, em Porto Alegre, onde houve a violência. O novo modelo é o ponto inicial do que a empresa chama de transformação do seu modelo de segurança.

O processo de recrutamento e o treinamento dos profissionais para as lojas contará com associação que reúne empreendedores negros da região de Porto Alegre. Todo o processo de internalização da segurança terá como foco a implementação de práticas antirracistas e de uma cultura de respeito aos direitos humanos, além de considerar a representatividade da população brasileira (50% de mulheres e 56% de negros) como um compromisso.

A data de admissão dos novos colaboradores está prevista para o dia 14 de dezembro em todas as lojas Carrefour da região.

O comitê

O comitê é formado por Rachel Maia, Adriana Barbosa, Celso Athayde, Silvio Almeida, Ana Karla da Silva Pereira, Maurício Pestana, Renato Meirelles, Ricardo Sales e Mariana Ferreira dos Santos. Eles já elaboraram algumas prioridades de ações para o Carrefour.

O grupo faz parte da política de “tolerância zero” que a rede anunciou para a discriminação racial e não terá subordinação ao Carrefour Brasil, será formado por lideranças negras e estudiosos das questões raciais que também acompanharam a criação do fundo racial de R$ 25 milhões.

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