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Carrefour prevê encargos de 180 mi de euros no Brasil

No primeiro semestre, impacto negativo do grupo já chegou a 69 milhões de euros

Loja do Carrefour em São Paulo: apesar dos encargos, vendas subiram 13,1% no 3º tri para a operação brasileira (Arquivo/EXAME)

Loja do Carrefour em São Paulo: apesar dos encargos, vendas subiram 13,1% no 3º tri para a operação brasileira (Arquivo/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 14h46.

Paris/São Paulo - O Carrefour previu nesta quinta-feira que terá encargos no Brasil de cerca de 180 milhões de euros em todo o ano de 2010, devido à auditoria determinando ajustes de provisões relacionadas a descontos, litígios tributários e baixa contábil de estoques.

No primeiro semestre, o grupo varejista francês já teve impacto negativo de 69 milhões de euros no resultado por causa da operação brasileira.

Diante disso, o Carrefour reduziu sua estimativa de lucro operacional neste ano de 3,1 bilhões de euros para ao redor de 3 bilhões de euros.

A empresa também divulgou que suas vendas no Brasil subiram 13,1 por cento no terceiro trimestre contra um ano antes, com base em uma taxa constante de câmbio, para 3,2 bilhões de euros. Considerando o câmbio atual, o crescimento chega a 33,8 por cento.

A bandeira Atacadão foi a que mais contribuiu para o desempenho da varejista francesa no país entre julho e setembro, segundo comunicado.


Com o desempenho nos últimos meses, o Brasil ficou mais perto do segundo maior mercado para o Carrefour depois da França, posição que cabe à Espanha, onde as vendas somaram quase 3,6 bilhões de euros no último trimestre.

As vendas globais do Carrefour nos três meses até setembro totalizaram 25,6 bilhões de euros, expansão de 6,7 por cento pelo câmbio atual. A previsão de analistas consultados pela Reuters era de vendas de 25,5 bilhões de euros.

O presidente-executivo do Carrefour, Lars Olofsson, destacou o sólido desempenho da empresa no terceiro trimestre em um ambiente que permanece desafiador em muitos mercados importantes.

O executivo destacou as fortes vendas na China e na América Latina e disse que há sinais animadores de recuperação na Bélgica, Polônia e Taiwan.

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