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Carrefour deve ser agente contra racismo, diz Abilio Diniz

O terceiro maior acionista da empresa se disse profundamente triste e indignado com a morte de João Alberto em Porto Alegre

Abílio Diniz: acionista do Carrefour pede que a empresa se torne agente contra o racismo (Germano Lüders/Exame Hoje)

Abílio Diniz: acionista do Carrefour pede que a empresa se torne agente contra o racismo (Germano Lüders/Exame Hoje)

Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 22 de novembro de 2020 às 12h59.

Última atualização em 22 de novembro de 2020 às 13h04.

Abilio Diniz, terceiro maior acionista do Carrefour (dono de 10% das ações com direito a voto) e membro do conselho de administração da empresa na França, se pronunciou sobre a morte de João Alberto em uma loja da empresa em Porto Alegre na última semana. Para Diniz, "o racismo é execrável e inaceitável e devemos combatê-lo sempre, com toda a força". Por isso, o acionista pede que o Carrefour se organize para ser um agente transformador na luta contra o racismo estrutural no Brasil e no mundo.

A morte de João Aberto, que aconteceu na quinta-feira e foi ocasionada por espancamento pelo time de segurança do Carrefour, foi descrita por Diniz como uma tragédia e enorme brutalidade. O acionista se disse profundamente triste e indignado.

Após o corrido, o presidente do Carrefour Brasil, Noel Prioux, se pronunciou e firmou um compromisso de combater o racismo estrutural com um comitê interno dedicado a esse trabalho, além de prometer mais medidas que serão anunciadas pela companhia nos próximos dias. A morte de João Alberto levou a protestos e lojas quebradas.

Segundo o Carrefour Brasil, 57% dos colaboradores da companhia são negras e negros, e mais de um terço dos gestores se declaram pretos ou pardos. Da abertura ao fechamento, a ação do Carrefour teve queda de 2,6% na sexta-feira (20).

 

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