Negócios

Carrefour relançará comércio eletrônico no Brasil em 2015

Segundo CEO, investimento em multicanais e em varejo online representa o próximo passo da evolução da rede no país


	Carrinhos do Carrefour: consumidor vai voltar a poder comprar online
 (Philippe Huguen/AFP)

Carrinhos do Carrefour: consumidor vai voltar a poder comprar online (Philippe Huguen/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2014 às 20h20.

Atibaia - O Carrefour vai relançar sua operação de comércio eletrônico no país em 2015, disse nesta quarta-feira o presidente-executivo do grupo no Brasil, Charles Desmartis.

As operações de venda online da companhia foram encerradas no fim de 2012 como parte de uma reestruturação do grupo.

Agora o segmento terá uma definição mais precisa de sua estratégia comercial, disse Desmartis, acrescentando que a companhia contará com melhores avaliações do desafio logístico e buscará complementaridade com o negócio tradicional de lojas físicas.

"Contratamos alguém que vem do ecommerce ... e fui muito claro: ele não vai ter limitações iniciais para trabalhar com toda criatividade", afirmou Desmartis, sem revelar a identidade do novo chefe do negócio.

A retomada do comércio eletrônico pelo Carrefour é anunciada num momento de perda de fôlego do varejo, enquanto as vendas online seguem mantendo o ímpeto no país.

Segundo a consultoria E-bit, o faturamento do ecommerce brasileiro avançou 26 por cento no primeiro semestre, ante igual etapa de 2013.

Ao mesmo tempo, as vendas do comércio varejista subiram 4,9 por cento na mesma base de comparação, segundo o IBGE.

Durante sua apresentação na convenção da Abras, associação que representa o setor, o executivo pontuou que o investimento em multicanais e em ecommerce representa o próximo passo da evolução da rede no Brasil.

Em agosto, a varejista inaugurou a primeira unidade do Carrefour Express na capital paulista, indicando aposta no formato de proximidade, que oferece menor sortimento em unidades também menores, localizadas em áreas de grande circulação.

O formato é um dos grandes vetores de expansão orgânica do rival Grupo Pão de Açúcar.

A respeito da implementação em hipermercados do modelo de "nova geração", voltado para revitalização das lojas com incremento no sortimento e na representatividade de produtos regionais, Desmartis afirmou que a rede contará com 50 unidades do tipo até o fim de 2016, ante projeção de 18 no fim deste ano.

IPO Questionado sobre planos de abertura de capital do Carrefour Brasil, o executivo afirmou que a listagem em bolsa é uma das opções que o grupo avalia para alavancar o crescimento, mas que não há pressa para a operação.

"Vai depender das condições de mercado", disse Desmartis, completando que a empresa não precisa a curto prazo de capital externo, mas que esses recursos poderão ajudar a acelerar o desenvolvimento.

Texto atualizado com mais informações às 20h18min do mesmo dia.

Acompanhe tudo sobre:CarrefourComércioe-commerceEmpresasEmpresas francesasEstratégiagestao-de-negociosSupermercadosVarejo

Mais de Negócios

A voz está prestes a virar o novo ‘reconhecimento facial’. Conheça a startup brasileira por trás

Após perder 52 quilos, ele criou uma empresa de alimento saudável que hoje fatura R$ 500 milhões

Esta empresária catarinense faz R$ 100 milhões com uma farmácia de manipulação para pets

Companhia aérea do Líbano mantém voos e é considerada a 'mais corajosa do mundo'