Centro de Inovação da Cargill, em Campinas
Da Redação
Publicado em 21 de junho de 2011 às 17h58.
São Paulo - A Cargill, empresa que fabrica produtos e serviços agrícolas, alimentícios, financeiros e industrais, inaugurou hoje (6/6) seu mais novo centro de inovação, em Campinas, no interior de São Paulo. Diferente de suas outras 12 unidades voltadas para pesquisa e desenvolvimento espalhadas pelo mundo, o novo complexo é o primeiro a ter a finalidade de interagir diretamente com os clientes da companhia e ajudá-los a inovar em seus produtos.
Dona das marcas Gallo, Liza, Pomarola e Elefante, a Cargill também produz ingredientes que compõem produtos de marcas globais, como Unilever, Nestlé, Bauducco e Kraft, e essa unidade vai focar exatamente nessa relação com as outras companhias .
“Apesar de nossos produtos de consumo darem muita visibilidade para nós, o negócio de ingredientes é muito maior do que as marcas. E este centro de inovação ajuda a criar soluções diferenciadas para as outras empresas, não para nós”, afirma o presidente da Cargill para o Brasil, Marcelo Martins.
Construído a quase 100 quilômetros de São Paulo, o centro tem 20.000 metros quadrados, com laboratórios nas áreas de bebidas, panificação, derivados do leite, confeitos e comidas de conveniência. Dos 1.300 técnicos que a Cargill emprega no mundo, 30 vão atuar diariamente no centro, lidando diretamente com os clientes para compreender as necessidades do consumidor final e criar novos ingredientes para seus produtos.
O investimento gira em torno dos 20 milhões de reais e a empresa ainda não tem previsão de quanto será o retorno financeiro depois da inauguração. “Nossa empresa tem como meta ter 5% do nosso faturamento vindos de novos produtos, por ano. O que posso dizer é que parte desses 5% deve vir do centro”, diz Martins.
Parcerias
Trabalhando em conjunto com as próprias empresas clientes, a Cargill também vai estreitar as relações com o meio acadêmico e a localização do novo centro em Campinas tem tudo a ver com isso. “A localização foi estratégica no ponto de vista da logística – pela proximidade de aeroportos – e por Campinas ser um centro de tecnologia muito forte”, afirma o presidente da empresa.
Segundo Carmen Arruda, diretora de inovação da Cargill para Europa e África, a região é responsável por 15% da produção intelectual e de patentes brasileira e, por isso, o contato com esse meio é muito válido para a empresa. Até agora, a empresa já buscou parcerias com a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e com o ITAL (Instituto de Tecnologia de Alimentos).
Além do conhecimento que o meio acadêmico pode proporcionar à companhia, chegar perto das salas de aula tem uma outra motivação: os alunos. “Entrar em contato com as universidades ajuda a reforçar a imagem da Cargill com os estudantes”, afirma Carmen. Para ela, são eles que vão trazer sangue novo para a empresa poder inovar cada vez mais.