A informação da aquisição veio de fonte ligadas com a negociação (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 9 de agosto de 2011 às 13h49.
Londres/Nova York - O HSBC está próximo de vender seu negócio de cartões de créditos nos Estados Unidos, avaliado em cerca de 30 bilhões de dólares, ao banco norte-americano Capital One, afirmaram fontes próximas às negociações nesta terça-feira.
O HSBC confirmou que negocia a venda do negócio, mas não informou o nome do potencial comprador. O negócio poderá ser fechado em breve, segundo as fontes.
Caso o acordo seja concretizado, esta será a segunda vez nos últimos meses em que o Capital One avança sobre ativos de um banco europeu que quer sair dos Estados Unidos.
A Capital One, com sede no estado norte-americano da Virginia, informou em junho que estava comprando o negócio de banco online do grupo holandês ING nos Estados Unidos por 9 bilhões de dólares em dinheiro e ações.
Em maio, o HSBC disse que buscava compradores para a divisão de cartões nos Estados Unidos, que tem cerca de 31 bilhões de dólares em empréstimos, como parte de uma radical reestruturação e de um plano de corte de custos de 3,5 bilhões de dólares, coordenados pelo novo presidente executivo da empresa Stuart Gulliver.
O Capitla One tem sido considerado um potencial comprador, à medida que a instituição financeira busca aumentar os ativos depois do negócio com a ING.
Fontes já haviam informado anteriormente que o banco Wells Fargo também estaria interessado em comprar o portfólio de cartões do HSBC.
"Estas discussões estão em andamento e nenhuma decisão foi tomada para que possamos proceder com qualquer transação", disse o HSBC em um comunicado nesta terça-feira. Na semana passada, o presidente Gulliver havia dito que o banco estava progredindo nas negociações.
O HSBC, maior banco da Europa, informou na semana passada que encerrará operações em quase metade de sua rede bancária nos EUA, com a venda de 195 filiais para o First Niagara Financial Group, por 1 bilhão de dólares, e o fechamento de outras 13 agências.
O HSBC tem sido criticado por ter avançado em muitas frentes, reunindo cerca de 95 milhões de clientes em 87 mercados, e Gulliver almeja agora colocar o foco na rentabilidade do negócio e ao invés da expansão geográfica.