A Canon, que compete com a Xerox em impressoras e com a Nikon em câmeras, disse que o desastre tailandês provavelmente cortará as vendas em 50 bilhões de ienes (Justin Sullivan/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 25 de outubro de 2011 às 12h53.
Tóquio - A Canon se tornou nesta terça-feira a primeira grande empresa japonesa a reduzir sua projeção anual devido às enchentes na Tailândia e ao iene forte, dois problemas que estão ofuscando as perspectivas para muitos de seus concorrentes, às vésperas da temporada lucrativa de vendas de final de ano.
A Tailândia se tornou uma base industrial importante para o setor de alta tecnologia do Japão, com concorrentes como Sony e Nikon forçados a fechar fábricas. O setor automotivo também foi duramente atingido pela escassez de peças e fabricantes de PC estão enfrentando falta de unidades de disco rígido.
A Canon, que compete com a Xerox em impressoras e com a Nikon em câmeras, disse que o desastre tailandês provavelmente cortará as vendas anuais em 50 bilhões de ienes (657 milhões de dólares) e o lucro operacional em 20 bilhões de ienes no ano fiscal até dezembro de 2011.
A Canon reduziu sua previsão de lucro operacional anual para 360 bilhões de ienes (4,7 bilhões de dólares), contra 380 bilhões de ienes antes, alegando a combinação das inundações e do iene forte, bem como as perspectivas econômicas sombrias nos Estados Unidos e na Europa. O valor foi parcialmente compensado pela redução de custos e uma recuperação mais rápida que a esperada desde o terremoto de março.
A nova previsão ficou abaixo da expectativa do mercado de lucro de 383 bilhões de ienes, segundo 20 analistas consultados pela Thomson Reuters I/B/E/S.