CSN: as ações da companhia subiram 102% no primeiro semestre (CSN/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 30 de julho de 2019 às 07h10.
Última atualização em 30 de julho de 2019 às 07h30.
Agentes do mercado estão otimistas com o balanço financeiro da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), que divulga seus resultados nesta terça-feira, 30.
Segundo analistas consultados por EXAME, a expectativa é que o conglomerado de Benjamin Steinbruch reporte receita de cerca de 6,6 bilhões de reais no segundo trimestre, avanço de 18% sobre igual período de 2018, impulsionado principalmente pelos altos preços do minério de ferro.
As estimativas de analistas contemplam ainda uma geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de 2 bilhões de reais de abril a junho.
O resultado líquido deve somar cerca de 845 milhões de reais, uma queda na comparação anual, que pode ser explicada pelo reconhecimento da alienação de uma usina nos EUA no segundo trimestre do ano passado, o que elevou o lucro da empresa no período.
A CSN vem se beneficiando do aumento expressivo dos preços do minério de ferro, que apresenta valorização de cerca de 50% desde o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, no dia 25 de janeiro.
Com o episódio, as cotações da commodity foram às alturas – já que a Vale é a maior mineradora do mundo – e beneficiaram a CSN, que é a segunda maior exportadora de minério de ferro do país.
O que não deve vir bem são os resultados provenientes do negócio de siderurgia, já que a demanda por aço no país desacelerou muito desde o início do ano.
No primeiro semestre, as vendas da indústria siderúrgica como um todo recuaram, em junho, cerca de 12% na comparação anual e, no primeiro semestre, tiveram um crescimento pífio de 1%.
Se por um lado o cenário é de incertezas na siderurgia, na ponta da mineração as expectativas não poderiam ser melhores para a CSN.
A companhia segue colhendo os frutos das operações de sua mina Casa de Pedra, diante dos altos preços do minério de ferro no mercado global, o que deve continuar favorecendo o caixa da companhia no curto prazo. A empresa teve a maior alta do Ibovespa no primeiro semestre de 2019, de 102%.