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Caixa quer reduzir quadro em 10 mil funcionários

De acordo com o presidente da instituição, está em análise um plano de demissão ou de aposentadoria incentivada

Caixa: para Occhi, o principal desafio de 2017 é melhorar a eficiência (Divulgacao)

Caixa: para Occhi, o principal desafio de 2017 é melhorar a eficiência (Divulgacao)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de novembro de 2016 às 09h17.

Brasília - Da mesma forma que o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal também estuda colocar em prática medidas para melhorar a eficiência do banco.

De acordo com o presidente da instituição, Gilberto Occhi, estão em análise um plano de demissão ou de aposentadoria incentivada que deve ser oferecido a 10 mil funcionários.

Além disso, como antecipou o Estado em maio, antes mesmo de Occhi assumir definitivamente, o banco já monitorava o desempenho de cem agências deficitárias.

"Se for necessário, vamos adotar medidas como redução de jornadas, transferências de endereços e, em último caso, fechar as portas", afirmou Occhi, após participar de reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão.

Para Occhi, o principal desafio de 2017 é melhorar a eficiência, reduzindo despesas e aumentando a geração de receitas. No último ano, a Caixa cortou o número de funcionários de 100,3 mil para 97 mil.

No acumulado dos nove primeiros meses de 2016, o banco gastou R$ 15,6 bilhões com pessoal, ante R$ 14,3 bilhões do mesmo período de 2015, crescimento de 9,2%. O impacto maior no gasto foi com o aumento do salário dos funcionários, decidido em convenção coletiva.

A Caixa foi usada nos últimos anos pelo governo do PT como locomotiva do crédito no País, estratégia para impulsionar a atividade econômica. Dessa forma, a instituição conseguiu aumentar sua participação no mercado, mas essa expansão do crédito também provocou efeitos colaterais, como o aumento do nível de calotes.

O alto número de agências deficitárias também é consequência dessa política. Desde 2010, a Caixa abriu 1.329 agências. A análise da direção do banco é que não se faz mais necessária toda essa estrutura, ainda mais com a mudança dos hábitos dos clientes, que cada vez mais optam pelos serviços pelo computador ou pelo smartphone.

Um empecilho para o fechamento das agências é o fato de as unidades serem usadas para o pagamento de benefícios sociais, como o Bolsa Família, mas a avaliação é de que esse serviço poderia ficar restrito às casas lotéricas. O banco tem atualmente 4,2 mil agências e pontos de atendimento e 25 mil correspondentes Caixa Aqui e Lotéricos.

Ao contrário do BB, um dos desafios da Caixa é aumentar a quantidade de transações online, que representam menos de um quarto do total de transações do banco.

A Caixa tem 85,9 milhões de correntistas e poupadores, mas apenas 19% usam o internet banking, inclusive tablet, e 5% instalaram o aplicativo do banco no smartphone.

Mesmo assim, a quantidade de transações pela web aumentou 18,7% na comparação com 2015. As transações via smartphone subiram 66,5%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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