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Ordem é desacelerar oferta de crédito, diz Caixa

Segundo presidente do banco, desaceleração está em linha com a estratégia do banco de manter o market share entre 18% e 19% nos próximos anos


	Agência da Caixa: ao final de dezembro, a carteira de crédito ampliada da Caixa atingiu saldo de R$ 494,2 bilhões
 (Tânia Rêgo/ABr)

Agência da Caixa: ao final de dezembro, a carteira de crédito ampliada da Caixa atingiu saldo de R$ 494,2 bilhões (Tânia Rêgo/ABr)

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Da Redação

Publicado em 26 de março de 2014 às 15h52.

São Paulo - A Caixa Econômica Federal espera que a sua carteira de crédito ampliada cresça entre 22% e 25% em 2014 em relação ao ano passado, de acordo com o presidente do banco, Jorge Hereda.

A expansão, se concretizada, será menor que a vista em 2013, de 36,8%. Segundo Hereda, a desaceleração está em linha com a estratégia do banco de manter o market share entre 18% e 19% nos próximos anos. Atualmente, está em 18,1%.

Ao final de dezembro, a carteira de crédito ampliada da Caixa atingiu saldo de R$ 494,2 bilhões. A contratação de crédito acumulada somou R$ 406,9 bilhões no ano passado, alta de 29,8% ante 2012. Para a originação de crédito, o banco trabalha, conforme Hereda, com perspectiva de avanço de 13% a 15%.

"Nosso planejamento era chegar em 18% de market share. Não queremos 30% nem 40%. Não temos condição de capital para isso. Queremos manter share entre 18% e 19%, faixa que está mais ou menos em linha com o que os outros bancos do nosso tamanho têm", explicou ele, em entrevista exclusiva ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

De acordo com Hereda, o esforço da instituição nos últimos anos esteve concentrado em ganhar escala, diversificar portfólio de crédito e conquistar espaço que um banco do porte da Caixa deveria ter. Para manter a fatia de crédito entre 18% e 19%, conforme ele, o banco deve seguir desacelerando a oferta de recursos em 2014 e também nos próximos anos.

O presidente da Caixa nega, contudo, que a estratégia de crescer menos o crédito siga uma orientação do governo de "colocar o pé no freio". "Existe uma orientação clara do governo para não contarmos com a possibilidade de a Caixa ser capitalizada. Isso limita nossa capacidade de crescimento em função do nosso capital", disse ele.

A Caixa tinha entre os anos de 2008 e 2009, segundo Hereda, market share de 6% em crédito. Conforme ele, esse porcentual não era "compatível" com a estrutura do banco.

"Aumentamos mil agências em dois anos e contratamos mais pessoal. Existiu um gap e nós ocupamos com a oportunidade de crescer o crédito que tivemos. A orientação que temos é garantir sustentabilidade do banco sem contar com aportes periódicos do governo", afirmou Hereda.

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