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Caixa: investigações por corrupção estão no fim

A PricewaterhouseCoopers deve retirar a ressalva do balanço em setembro, quando o banco poderá voltar a pensar em emitir bônus perpétuos no exterior

Caixa: banco fez um roadshow em outubro do ano passado para medir o apetite dos investidores externos, mas foi impedido de emitir no exterior por conta de ressalva feita pela PwC (Pilar Olivares/Reuters)

Caixa: banco fez um roadshow em outubro do ano passado para medir o apetite dos investidores externos, mas foi impedido de emitir no exterior por conta de ressalva feita pela PwC (Pilar Olivares/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de agosto de 2018 às 14h44.

Última atualização em 20 de agosto de 2018 às 14h49.

São Paulo - O processo de investigações por suspeita de casos de corrupção na Caixa Econômica Federal está no fim e pode ser concluído em setembro, permitindo que a PricewaterhouseCoopers (PwC) retire a ressalva do balanço do banco, segundo o vice-presidente de Finanças e Controladoria da instituição, Arno Meyer. "Esperávamos que a ressalva fosse retirada no segundo trimestre, mas como as investigações não terminaram, a PwC esperou para retirar a ressalva do balanço do banco", explicou ele, em coletiva de imprensa, nesta manhã de segunda-feira, 20.

De acordo com o executivo, se a PwC retirar a ressalva do balanço da Caixa o banco poderá voltar a pensar em emitir no exterior bônus perpétuos para reforçar o seu capital de nível I. Ele relembrou que a Caixa fez um roadshow em outubro do ano passado para medir o apetite dos investidores externos por seus papéis, mas foi impedida de emitir no exterior por conta da ressalva feita pela PwC, no terceiro trimestre do ano passado.

As investigações em curso ocorrem por conta das notícias divulgadas na imprensa a partir de 2015, em conexão com a Operação A Origem e, a partir de 2017, em conexão com as operações Cui Bono?, Sepsis e Patmos, deflagradas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal. Além de ações internas para apurar eventuais descumprimentos de leis e regulamentos, e os eventuais impactos sobre os controles internos e as demonstrações contábeis do banco público, a instituição decidiu contratar uma investigação independente junto ao escritório de advocacia Pinheiro Neto.

Paulo Henrique Angelo, vice-presidente de Riscos da Caixa, destacou, a jornalistas, que, a despeito das investigações em curso, o banco segue fortalecendo a sua governança corporativa e, neste contexto, aprovou a criação de uma diretoria de Controles Internos. "O comitê independente que está acompanhando as investigações está numa fase final. Esperamos que ao longo do segundo semestre não tenhamos mais ressalva no balanço da Caixa", reforçou o executivo, acrescentando que o fortalecimento da governança corporativa é um pilar da gestão atual, que se materializou com a aprovação e implementação de 52 medidas de governança.

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