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Caixa e BB não esperam alta da Selic em futuro próximo

O presidente da Caixa, Jorge Hereda, afirmou que as projeções não indicam que o aumento "está tão próximo assim"


	O presidente do BB afirmou que uma eventual mudança nos juros praticados vai depender do Copom e não serão feitas mudanças com base na volatilidade atual na curva de juros
 (Fernando Lemos/VEJA Rio)

O presidente do BB afirmou que uma eventual mudança nos juros praticados vai depender do Copom e não serão feitas mudanças com base na volatilidade atual na curva de juros (Fernando Lemos/VEJA Rio)

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Da Redação

Publicado em 20 de março de 2013 às 14h47.

Brasília - A Caixa Econômica Federal não espera que o Banco Central irá mexer na taxa básica de juros da economia, a Selic, em um curto espaço de tempo.

O presidente da instituição, Jorge Hereda, afirmou que as projeções não indicam que o aumento 'está tão próximo assim'. A afirmação foi feita em evento realizado na manhã desta quarta-feira para inauguração de um data center em conjunto com o Banco do Brasil (BB).

"O mercado está precificando isso, mas a Caixa não está. E isso não está mexendo com a captação da gente", afirmou Hereda, acrescentando que a possibilidade de nova redução dos juros praticados pela instituição, depois dos cortes realizados desde abril do ano passado, vai depender de ganhos de eficiência e produtividade.

O presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, afirmou que uma eventual mudança nos juros praticados pelo banco estatal vai depender de uma decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC e não serão feitas mudanças com base na volatilidade atual na curva de juros.

"É natural que a gente tenha correção técnica se por acaso a autoridade monetária sinalizar um aumento da taxa básica de juros. A gente faz as correções técnicas dentro do espaço possível", disse Bendine.

Seguindo a mesma linha da Caixa, Bendine declarou ainda que "talvez a velocidade de uma provável elevação da taxa básica de juros não ocorra num curto espaço de tempo, até pelo cenário que está dado no momento".


Crédito imobiliário

No evento, Jorge Hereda defendeu a elevação no limite para compra de imóveis com recursos do FGTS, que está em R$ 500 mil. "A Caixa acha que é importante que a gente reveja sim.

O potencial no Brasil para crédito imobiliário é muito grande, podemos chegar 10% do PIB em curto espaço de tempo. É importante que se tenha incentivo para isso. O ministro Guido Mantega já conversou com os bancos e lidera essa discussão", afirmou. Há expectativa de que o limite seja elevado de R$ 500 mil para R$ 750 mil.

Hereda disse ainda que a Caixa e o BB têm conversado muito sobre integração nas áreas de infraestrutura e logística. "O BB e a Caixa têm muito que economizar em questão de compartilhamento.

Desde segurança e transporte de valores até outras questões, como suprimentos de materiais. Estamos conversando com o pessoal de operações do BB para ampliar essa experiência", afirmou. As duas instituições já compartilham terminais eletrônicos e datacenter.

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