Presidente da Kroton, Rodrigo Galindo: fusão das duas empresas foi anunciada no final de abril, numa operação que na época avaliou o futuro grupo combinado como valendo R$13 bi (REUTERS/Paulo Whitaker)
Da Redação
Publicado em 17 de outubro de 2013 às 08h35.
São Paulo - O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) considerou a união da Kroton com Anhanguera "complexa" e determinou a realização de análises adicionais sobre a operação que pode criar a maior empresa de educação do país e uma das maiores do mundo.
Em despacho publicado no Diário Oficial da União desta quinta-feira, a superintendência do Cade ordenou realização de diligências adicionais para determinar o nível de rivalidade no mercado de educação à distância, conhecido como EAD.
A fusão das duas maiores empresas de ensino privado do país foi anunciada no final de abril, numa operação que na época avaliou o futuro grupo combinado como valendo 13 bilhões de reais. Na ocasião, o presidente da Kroton, Rodrigo Galindo, afirmou que via pouca sobreposição entre as duas empresas no país.
Segundo o texto do Cade, foi exigido "aprofundamento da análise das condições de rivalidade no mercado de graduação EAD, inclusive, por meio de diligências junto às próprias requerentes e, eventualmente, a depender dos esclarecimentos obtidos, requerer novas informações junto aos concorrentes". O órgão também afirmou que "resguarda a sua faculdade de posteriormente, se for o caso, requerer a dilação do prazo".
As ações das duas empresas foram destaque de baixa na terça-feira. Em relatório, o Itaú BBA afirmou que instrução normativa de setembro da Receita Federal pode alterar critérios de concessão de benefício fiscal a empresas do setor de educação que participam do Programa Prouni.
Para mais informações sobre o caso, acesse.