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Cade autoriza Changi a comprar fatia da Odebrecht no Galeão

Na operação, a Excelente adquiriu 60% das ações da Rio de Janeiro Aeroportos que eram detidas pela Odebrecht

Galeão: o grupo asiático agora tem 100% das ações da companhia (Getty/Getty Images)

Galeão: o grupo asiático agora tem 100% das ações da companhia (Getty/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de dezembro de 2017 às 15h41.

Brasília - O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou nesta quarta-feira (13) pedido de autorização precária e liminar para consumação antecipada de operação entre a Excelente B.V, do grupo Changi, e a Rio de Janeiro Aeroportos.

Na operação, a Excelente adquiriu 60% das ações da Rio de Janeiro Aeroportos que eram detidas pela Odebrecht, o que elevou a participação do grupo asiático a 100% das ações da companhia, que controla a concessionária do Aeroporto Internacional Carlos Jobim (Galeão).

Inicialmente, a participação da Odebrecht seria adquirida pela chinesa HNA Infrastructure, operação que chegou a ser aprovada pelo Cade e pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A HNA, porém, não obteve todas as autorizações exigidas pelo governo chinês para a operação, o que levou a Odebrecht a conceder direito de preferência à Excelente.

A operação já havia sido aprovada pela superintendência do Cade na terça-feira, 12, mas ainda estava correndo o prazo de 15 dias em que algum interessado poderia questionar a aprovação, o que levaria a análise do negócio ao tribunal do conselho.

As empresas, no entanto, pediram para fechar a operação antes do fim desse prazo alegando que haveria prejuízos financeiros, já que o prazo concedido pela Anac para pagamento da primeira parcela pela concessão do Aeroporto do Galeão, de R$ 1,167 bilhão, vencerá em 20 de dezembro de 2017.

"Caso a operação não fosse realizada, a Concessionária Aeroportos não receberia a capitalização devida e necessária ao pagamento, o que poderia interromper as atividades no Aeroporto do Galeão", informou o Cade.

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