Negócios

Cade aprova com restrições negociação entre Cosan e Shell

Shell terá de vender ativos de distribuição de combustíveis para aviação

Usina da Cosan em Goiás: parceria com Shell terá restrições (Arquivo/EXAME)

Usina da Cosan em Goiás: parceria com Shell terá restrições (Arquivo/EXAME)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de junho de 2011 às 20h15.

São Paulo - O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou com restrições a compra de parte da Cosan pela Shell. O negócio, fechado em 2009, trata da aquisição de ativos de produção de combustível de aviação por 150 milhões de reais feita pela multinacional petrolífera. A decisão foi divulgada nesta quarta-feira e atesta que, para que o negócio seja aprovado, a Shell deverá vender os ativos referentes à distribuição do produto nos aeroportos. Caso contrário, o Cade teme que a concentração de mercado gere aumento de custos para toda a cadeia.

Segundo o presidente interino do órgão, Fernando Furlan, se a venda dos ativos não for concretizada em 90 dias, a operação total será rejeitada. Já a empresa que adquirir os ativos terá o direito de participação nos parques de abastecimento nos aeroportos de Guarulhos (São Paulo), Galeão (Rio de Janeiro) e Guararapes (Pernambuco). A Shell terá de vender os parques de abastecimento mantidos pela Cosan nos aeroportos da Pampulha (Belo Horizonte), Viracopos (Campinas), Curitiba e Brasília.

A Shell alegou ter apresentado na terça-feira um TCD (Termo de Compromisso de Desempenho) no qual se comprometeria a abrir mão de alguns itens, confidenciais, para que o negócio fosse aprovado sem restrições. Mas, segundo o Cade, a proposta era insuficiente para preservar a possibilidade de entrada de novos concorrentes nesse mercado.

Acompanhe tudo sobre:Alimentos processadosAtacadoComércioCosanEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasFusões e AquisiçõesIndústria do petróleoShell

Mais de Negócios

"Tinder do aço": conheça a startup que deve faturar R$ 7 milhões com digitalização do setor

Sears: o que aconteceu com a gigante rede de lojas americana famosa no Brasil nos anos 1980

A voz está prestes a virar o novo ‘reconhecimento facial’. Conheça a startup brasileira por trás

Após perder 52 quilos, ele criou uma empresa de alimento saudável que hoje fatura R$ 500 milhões