Persio Arida, do BTG Pactual: o acordo de compra envolve 975 milhões de francos suíços em dinheiro e 52,6 milhões de ações do EFG (Nelson Ching/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 22 de fevereiro de 2016 às 07h02.
Zurique - O BTG Pactual fechou um acordo para vender sua subsidiária suíça BSI ao banco também suíço EFG International, por 1,33 bilhão de francos suíços (US$ 1,34 bilhão).
O BSI havia sido adquirido pelo BTG há apenas cinco meses, antes de o então executivo-chefe do banco brasileiro ser afastado por suposto envolvimento em um escândalo de corrupção.
Segundo o EFG, o BTG terá uma participação de 20% no banco que será criado a partir da combinação das operações do EFG e do BSI. A nova instituição, que será um dos maiores bancos privados da Suíça, pretende agora levantar 750 milhões de francos suíços em capital.
O novo banco também terá um volume de ativos sob sua administração que o colocará atrás apenas de poucos concorrentes, como UBS e Credit Suisse, informou o EFG.
O acordo de compra envolve 975 milhões de francos suíços em dinheiro e 52,6 milhões de ações do EFG, ao preço do fechamento de sexta-feira.
O BTG havia completado a aquisição do BSI - que pertencia à seguradora italiana Assicurazioni Generali - em setembro do ano passado, por 1,25 bilhão de francos suíços.
Em novembro, porém, o ex-executivo-chefe do BTG André Esteves foi preso, por ter supostamente comprado o silêncio de uma testemunha que poderia implicá-lo no escândalo de corrupção da Petrobras. Esteves nega a acusação.
Desde a saída de Esteves, o BTG vem vendendo ativos para levantar recursos e tentar recuperar a confiança dos investidores.
O Wall Street Journal havia divulgado que o BTG pretendia vender o BSI por cerca de US$ 1,95 bilhão.