Jatos da U.S. Airways vistos no aeroporto de Washington: a nova empresa contará com um faturamento de US$ 40 bilhões anuais, 94 mil empregados, 950 aviões e 6.700 voos diários para 336 destinos em 56 países (Larry Downing/Reuters)
Da Redação
Publicado em 5 de agosto de 2013 às 13h23.
Bruxelas - A Comissão Europeia (CE) autorizou nesta segunda-feira a fusão, sujeita a algumas condições, entre a American Airlines, terceira companhia aérea dos EUA, e a também americana US Airways, que dará origem à maior empresa aérea do mundo. O Executivo comunitário considera que a operação, anunciada em fevereiro, não terá problemas de concorrência se as companhias cumprirem determinados requisitos, como a liberação de uma faixa horária e um "slot" diário no aeroporto de Heathrow (Londres).
Bruxelas também exige às companhias aéreas que facilitem a entrada de concorrentes na rota Londres-Filadélfia (EUA) para impedir um monopólio nesse trajeto. "Estamos convencidos de que a dinâmica competitiva será mantida para assegurar a variedade na oferta e a qualidade dos serviços aéreos de passageiros nesta rota", afirmou em comunicado o espanhol Joaquín Almunia. A Comissão esclarece que operação colocada a princípio pelas companhias não poderia ter sido autorizada e explicou que se agora foi permitido, é porque os compromissos oferecidos pelas companhias aéreas fazem frente das preocupações comunitárias em relação à rota Londres-Filadélfia.
Concretamente, a Comissão afirma que existia um risco da companhia resultante da fusão se situar em uma posição monopolística com relação a este trajeto, porque a American Airlines e a US Airways são as únicas operadoras que oferecem voos diretos nessa rota, como fruto de seu acordo com a British Airways e a Iberia. A investigação da CE confirmou, por outro lado, que todas as demais rotas aéreas destas companhias aéreas seguem tendo concorrentes suficientemente fortes.
A empresa conjunta contará com um faturamento de perto de US$ 40 bilhões anuais, cerca de 94 mil empregados, 950 aviões, 6.700 voos diários para 336 destinos em 56 países e um tráfego aéreo superior ao da até agora maior companhia aérea do mundo, a também americana United Continental.
A nova empresa terá sua sede em Fort Worth, no estado do Texas (EUA), e terá nome de American Airlines, que iniciou uma "lavagem" integral de sua marca, desde modernizar seu logotipo até os uniformes dos comissários de voo.