Brumadinho: desastre deixou 259 de mortos confirmados, além de 11 pessoas ainda desaparecidas (Washington Alves/File photo/Reuters)
Reuters
Publicado em 20 de fevereiro de 2020 às 22h00.
Rio de Janeiro - A Vale tinha desde 2003 informações que indicavam fragilidades na barragem que se rompeu em Brumadinho (MG), em janeiro de 2019, que se tornaram especialmente relevantes após um desastre anterior da Samarco, segundo relatório elaborado por um comitê independente e publicado nesta quinta-feira.
Chamado de Comitê Independente de Assessoramento Extraordinário de Apuração, o grupo foi constituído pelo conselho de administração da companhia, sob a coordenação da ex-ministra Ellen Gracie, dedicado à apuração das causas e responsabilidades do colapso da estrutura.
Em relatório confidencial, agora divulgado pela Vale, o comitê apontou que "as medidas adotadas para remediar as fragilidades e aprimorar a segurança foram limitadas e malsucedidas ou, se tivessem sido implementadas, não seriam eficientes a curto prazo para elevar a estabilidade da B1 a condições satisfatórias".
O comitê também concluiu que "era conhecido o fato de que, em caso de rompimento, a capacidade de resposta da Vale era limitada e os impactos seriam significativos... e com tempo de reação mínimo".
O desastre deixou 259 de mortos confirmados, além de 11 pessoas ainda desaparecidas, segundo informações divulgadas recentemente pela Defesa Civil.