A Brookfield também reduziu suas projeções para 2012 devido a atrasos em aprovações de projetos (Germano Lüders/EXAME)
Da Redação
Publicado em 15 de agosto de 2012 às 10h00.
Rio de Janeiro - A Brookfield teve prejuízo líquido de 383,5 milhões de reais no segundo trimestre, revertendo um lucro de 78,2 milhões de reais no mesmo período de 2011, informou a incorporadora. A perda foi atribuída à realização de um ajuste de orçamento, que fez a empresa reconhecer custos adicionais e reversão de receitas.
A empresa informou ter concluído uma revisão de todos os seus projetos, o que levou a um ajuste de orçamento de 316,9 milhões de reais e gerou impacto negativo de 295,8 milhões de reais no lucro líquido, sem efeito caixa.
"Os ajustes refletem a integração de três empresas com diferentes processos e sistemas de tecnologia em uma companhia com plataforma operacional única, em um período de forte crescimento vivido pelo setor imobiliário nos últimos anos", afirmou a Brookfield no balanço.
A companhia apurou receita líquida de 669 milhões de abril a junho, 24 por cento menor do que no mesmo intervalo um ano antes e praticamente estável na comparação com os três primeiros meses de 2012.
Já a geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou negativa em 206,5 milhões de reais no segundo trimestre ante 184,6 milhões de reais positivos um ano antes.
A Brookfield também reduziu suas projeções para 2012 devido a atrasos em aprovações de projetos e baixo volume de lançamentos no primeiro semestre.
A incorporadora agora tem meta de lançamentos e vendas na faixa de 3 bilhões a 3,5 bilhões de reais, ante perspectiva anterior que definia os pontos médios de ambos os itens em 4,5 bilhões e 4,2 bilhões de reais, respectivamente.
A empresa teve lançamentos de 358,1 milhões de reais no segundo trimestre, tombo de 52 por cento sobre o mesmo período do ano passado. Já as vendas contratadas somaram 737,3 milhões de reais, recuo anual de 32,2 por cento.
Além disso, foi aprovado pelo conselho um aumento de capital de 400 milhões de reais, integralmente garantido pelo controlador, para reforçar a estrutura de capital da empresa, reduzir o índice de alavancagem e manter um nível de atividade competitivo.