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Brookfield rejeita compra de participação na Invepar

O valor que vinha sendo comentado pela participação na Invepar oscilava entre R$ 1,5 bilhão e R$ 2 bilhões


	Negociações: o valor que vinha sendo comentado pela participação na Invepar oscilava entre R$ 1,5 bilhão e R$ 2 bilhões
 (Marina Pinhoni/EXAME.com)

Negociações: o valor que vinha sendo comentado pela participação na Invepar oscilava entre R$ 1,5 bilhão e R$ 2 bilhões (Marina Pinhoni/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 7 de outubro de 2015 às 10h52.

São Paulo - A gestora canadense Brookfield não aceitou a proposta de alguns dos credores externos da OAS de aquisição da fatia desta companhia na Invepar por R$ 1,85 bilhão.

De acordo com informação divulgada na terça-feira, 6, representantes da empresa brasileira, dos bondholders e da Brookfield se reuniram em Nova York em 28 de setembro para discutir um preço para a participação da OAS na Invepar. A OAS tem 24% na concessionária.

Os bondholders (detentores de títulos) teriam informado que apoiariam o plano de reorganização, considerando a venda para a Brookfield da participação, por tal montante, "no estado em que se encontram", sem ajustamento do preço.

O comunicado que traz a informação diz ainda que, sem resposta da Brookfield, os bondholders retiraram a proposta.

Uma assembleia de credores está marcada para dia 14 em nova tentativa de votação do plano de recuperação da OAS. No final de setembro, a assembleia foi interrompida sem consenso sobre o plano.

Os estrangeiros têm o equivalente a R$ 7,1 bilhões (com dólar a R$ 4) em bônus emitidos pela companhia em dólares e em reais no exterior. A dívida total da OAS que consta no pedido originalmente de R$ 8,2 bilhões, está em mais de R$ 11 bilhões.

O valor que vinha sendo comentado pela participação na Invepar oscilava entre R$ 1,5 bilhão e R$ 2 bilhões. A Invepar, entretanto, tem demonstrado fraqueza em seu desempenho.

O grupo de concessões de infraestrutura registrou prejuízo líquido de R$ 211,8 milhões no segundo trimestre de 2015, montante 7,48 vezes superior ao prejuízo líquido de R$ 28,3 milhões verificado no mesmo período do ano passado.

Depois de divulgar os números, a empresa anunciou emissão de debêntures de R$ 2 bilhões e disse ontem que está em fase adiantada na venda de sua participação de 10% no capital social da Aeroporto de Guarulhos Participações (GRUPar), que controla a concessionária do Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP), para a Airports Company South Africa (ACSA).

A OAS, por sua vez, necessita com urgência de um empréstimo de R$ 800 milhões acertado com a Brookfield, que tem como garantia uma participação de 18% da OAS na Invepar. No acordo original entre ambas, ficou estabelecido que a Brookfield teria preferência na aquisição futura dessa participação. Mas o Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu que a preferência teria de ser votada pelos credores.

Além dos bondholders, 15% da dívida da OAS está com bancos e os 25% restantes entre fundos de investimento locais, debêntures e agências de fomento. Na Invepar, a OAS tem como sócios os fundos de pensão Petros, Funcef e Previ. 

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