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British Airways cancela voos para Libéria e Serra Leoa

A decisão foi tomada "em razão da situação de saúde pública em deterioração nos dois países", afirmou a empresa


	British Airways: ela tem 4 voos semanais saindo de Londres com escala em Freetown e terminando em Monróvia
 (Wikimedia commons/Wikimedia Commons)

British Airways: ela tem 4 voos semanais saindo de Londres com escala em Freetown e terminando em Monróvia (Wikimedia commons/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 5 de agosto de 2014 às 15h49.

Londres - A British Airways (BA) informou que suspendeu temporariamente os voos com partida e chegada da Libéria e Serra Leoa até o final de agosto em razão da piora na epidemia de ebola nesses países.

A decisão foi tomada "em razão da situação de saúde pública em deterioração nos dois países", afirmou a empresa.

A companhia aérea tem quatro voos semanais saindo de Londres com escala em Freetown (capital de Serra Leoa) e terminando em Monróvia (capital da Libéria).

A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que mais de 800 pessoas na Guiné, Serra Leoa e Libéria já morreram em razão do surto da doença, para a qual não existe tratamento.

A British Airways informou que passageiros com passagens para esses países receberão reembolso ou poderão remarcar os voos para uma data posterior.

"A segurança dos passageiros, tripulantes e funcionários é sempre nossa principal prioridade e manteremos a rota sob constante análise nas próximas semanas", afirmou a empresa.

A Air France informou que trabalha com outras autoridades e "mantém o monitoramento da situação em tempo real".

Para os funcionários da empresa em Conacri, na Guiné, em Freetown, em Serra Leoa, existe um "plano específico" para a doença em vigor.

Passageiros são submetidos a um exame médico antes de embarcarem nesses voos.

Um porta-voz da Deutsche Lufthansa informou que a empresa não tem voos para as regiões afetadas.

Surgem casos suspeitos na Nigéria e Arábia Saudita

O comissário de Saúde de Lagos, maior cidade da Nigéria, Jide Idris, informou que sete pessoas com sintomas de ebola foram colocadas em quarentena após terem tido contato com o homem que viajou de avião para Lagos e morreu em decorrência da doença em julho.

A informação foi divulgada um dia depois da confirmação de que um médico contraiu ebola após prestar atendimento para o paciente que morreu.

Idris disse nesta terça-feira que outras pessoas podem ter sido infectadas em Lagos, cidade com 21 milhões de habitantes, antes de os médicos suspeitarem, de que o liberiano-americano Patrick Sawyer tinha a doença. Sawyer foi colocado em isolamento 24 horas depois de ter chegado ao hospital.

Segundo o comissário, as oito pessoas em quarentena estão entre as 14 que tiveram "sério contato direto" com Sawyer, a maioria delas no hospital. Ele disse que as autoridades acompanham o estado de saúde de 70 pessoas que tiveram contato primário com Sawyer.

A Arábia Saudita informou nesta terça-feira que realiza exames num homem que apresentou sintomas de ebola após uma recente viagem a Serra Leoa.

O Ministério da Saúde disse que o homem de 40 anos apresentou sintomas num hospital da cidade de Jedá.

Ele está em estado grave e é tratado numa unidade com isolamento e controle de infecções.

A causa do doença do paciente é desconhecida, mas o ebola não pode ser descartado tendo em vista o histórico de viagem do homem. Exames excluíram a possibilidade de ele ter dengue.

O porta-voz do Ministério da Saúde, dr. Khalid al-Marghalani, disse à Associated Press que o homem chegou à Arábia Saudita vindo de Serra Leoa na noite de domingo.

Autoridades buscam detalhes do voo feito pelo paciente, incluindo a lista de passageiros e parentes ou outras pessoas que possam ter tido contato com ele desde que chegou ao país.

Fonte: Associated Press e Dow Jones Newswires.

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