Linha de produção da BRF: novas aquisições no Brasil podem expandir capacidade ociosa de suas fábricas (Germano Lüders/EXAME)
Daniela Barbosa
Publicado em 27 de fevereiro de 2015 às 11h30.
São Paulo – Se 2014 foi um ano intenso de fusões e aquisições para a BRF, 2015 deve continuar no mesmo ritmo. Segundo Pedro Faria, presidente global da companhia de alimentos, existem oportunidades fora e dentro do Brasil que podem ser anunciadas ao longo do ano.
“2014 ficou longe de ser um ano tranquilo para a nossa equipe de fusões e aquisições, pelo menos sete operações foram anunciadas, e queremos dar continuidade a esse movimento”, afirmou o executivo em teleconferência com analistas e investidores, nesta sexta-feira.
No mercado externo, a BRF vê oportunidade não só no Oriente Médio, mas também em outras regiões, principalmente em países emergentes. No Brasil, a companhia está de olho em ativos que possam ajudar a aumentar a capacidade produtiva de suas unidades já em operação.
Expansão internacional
No fim do ano passado, a BRF anunciou parceria com a PT Indofood Suskes Makmur Tbk, uma das maiores empresas do setor de alimento da Indonésia.
O acordo entre as duas empresas visa explorar o negócio de aves e alimentos processados no país e marcou também a entrada da BRF na região.
Antes disso, a companhia já havia afirmado que planejava crescer no mercado asiático a partir de deste ano e tornar suas marcas mais conhecidas por lá.
Nova fábrica
No final de novembro, a BRF inaugurou sua primeira fábrica de alimentos processados no Oriente Médio.
A unidade recebeu investimentos de cerca de 160 milhões de dólares e está instalada na zona de industrial de Kizad, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos.
Com capacidade de produção de 70.000 toneladas por ano, a fábrica vai produzir alimentos processados, como empanados, hambúrgueres e pizzas e deve ter 1.400 funcionários até 2017.
O modelo de negócio adotado para o Oriente Médio, segundo a empresa, pode ser replicado para outros mercados onde a BRF já mantém operação.