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BRF vê cenário mais desafiador para o Brasil

A BRF descarta aumentar os preços de produtos como o peru no Brasil no Natal, mas prevê elevação mais à frente, afirmou o presidente global da empresa, Pedro Faria.

Centro de Inovação da BRF: o grupo é o maior exportador mundial de carne de frango (Divulgação)

Centro de Inovação da BRF: o grupo é o maior exportador mundial de carne de frango (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 2 de novembro de 2015 às 16h59.

Nova York - A BRF descarta aumentar os preços de produtos como o peru no Brasil no Natal, mas prevê elevação mais à frente, afirmou o presidente global da empresa, Pedro Faria, em uma entrevista a jornalistas nesta segunda-feira, destacando que o cenário da economia brasileira está muito mais desafiador do que o esperado pela companhia há um ano.

"Continuamos monitorando o mercado", disse Faria. "Em certo momento, os preços vão subir para compensar a pressão de custos e o impacto do câmbio. Mas vamos escolher o momento certo para fazer isso", completou, sem revelar uma data mais específica e mencionando que é importante a companhia manter um certo intervalo de participação no mercado.

Faria destacou que diante do relançamento de alguns produtos da marca Perdigão, como presunto, tender e linguiça calabresa, em julho, o momento não era o certo para elevar preços. Para o Natal, Faria disse que produtos como peru e chester não devem ter os preços elevados. "Não faz sentido elevar os preços agora." Ele ressaltou ainda que, mesmo neste momento de crise, tem aumentado a procurar por produtos de linhas premium, como presunto tipo parma.

Durante apresentação para analistas e investidores nesta segunda-feira em Nova York, os executivos da BRF também foram questionados por representantes de bancos, como Morgan Stanley e UBS, sobre a estratégia de preços da companhia, que foram mantidos em um momento de elevação de custos, influenciada, por exemplo, pela desvalorização do real e o relançamento de produtos da Perdigão. Faria disse que o objetivo da empresa é a lucratividade e que a BRF só precisa decidir o melhor momento para elevar os preços.

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