BRF: empresa disse que delações "podem ter impactos nas esferas penal, cível, concorrencial e regulatória" (Paulo Whitaker/Reuters)
Reuters
Publicado em 24 de maio de 2017 às 07h44.
Última atualização em 24 de maio de 2017 às 08h31.
São Paulo - A BRF informou a empresa em comunicado na noite de terça-feira que avalia entrar na justiça para obter reparação por eventuais prejuízos causados por sua rival JBS.
De acordo com a BRF, "algumas das práticas descritas pelo empresário Joesley Batista no acordo de delação premiada "podem ter impactos nas esferas penal, cível, concorrencial e regulatória", o que daria motivos para o "ajuizamento de medidas judiciais e/ou administrativas de distintas naturezas contra os indivíduos e as empresas envolvidas".
No documento, resposta a consulta da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre reportagem de que seus ex-conselheiros Luis Carlos Fernandes Afonso e Carlos Fernando Costa teriam recebido propina da JBS, a BRF pede que a autarquia tome as providências para apurar "potencial conflito de interesses, violação de sigilo e uso indevido de informações privilegiadas".
A BRF afirmou desconhecer relação ou envolvimento de seus ex-conselheiros com a JBS, mas também pediu que a CVM cobre esclarecimentos ao fundo de pensão Petros, da Petrobras, que teria indicado, além dos dois ex-conselheiros, Ademir Bendine, também citado nas delações.