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BRF mira novas unidades e parcerias para crescer na Ásia

Empresa fechou a criação de uma joint venture com a Indofood, na Indonésia, com o objetivo de estrear naquele mercado


	BRF: países como China, Indonésia, Índia, Malásia e Tailândia são citados como potenciais mercados para expansão na Ásia
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BRF: países como China, Indonésia, Índia, Malásia e Tailândia são citados como potenciais mercados para expansão na Ásia (divulgação)

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Da Redação

Publicado em 23 de janeiro de 2015 às 08h43.

São Paulo - A BRF, maior exportadora global de carne de frango, planeja forte expansão no mercado asiático nos próximos anos e mira diversos modelos de negócios, que incluem joint ventures com empresas locais, aquisições e até a construção de unidades, disse à Reuters um executivo da empresa.

“A gente tem o desafio de fazer com a Ásia o que fizemos com o Oriente Médio”, onde a empresa chegou há 30 anos e onde os produtos da marca Sadia são amplamente conhecidos, disse Marcos Jank, que em março deixa São Paulo para comandar a expansão na Ásia a partir de escritório em Cingapura.

Recentemente a BRF fechou a criação de uma joint venture com a Indofood, na Indonésia, em um projeto de 200 milhões de dólares de investimento conjunto, com o objetivo de estrear naquele mercado.

Em novembro, a empresa inaugurou sua primeira unidade industrial fora do Brasil, uma planta de alimentos congelados em Abu Dhabi que produz itens como empanados, hambúrgueres e pizzas com carne de frango brasileira.

Modelos como esses estão entre as opções que Jank pretende explorar na expansão da BRF na Ásia.

“Nós já começamos isso com essa joint venture com a Indofood, na Indonésia. Vamos olhar várias outras oportunidades...São operações de expansão no sentido de acordos comerciais ou mesmo plantas, que a gente possa estar fazendo nesta região”, disse. Ele não quis dar detalhes de negociações em andamento.

A ideia é replicar na Ásia o modelo que abastece o mercado brasileiro, onde a BRF controla desde a genética das matrizes de frangos e suínos até a distribuição para 160 mil pontos de venda espalhados pelo país.

“Quando a gente vê a exportação tradicional que a gente tinha enquanto Sadia e Perdigão, estávamos basicamente vendendo commodities. O que queremos fazer agora é estender a cadeia integrada em outros países. Isso pode ser feito com matéria-prima brasileira ou com matéria-prima local”, afirmou.

O que está em jogo é um mercado bastante promissor, em uma região que abriga cerca de metade de população mundial.

Enquanto a média de consumo de frango no mundo é de 12 quilos por pessoa por ano, e no Brasil é de 44 quilos, na Ásia cada habitante consome em média apenas 6,5 quilos de carne de frango a cada ano, segundo a BRF.

Para Jank, dos 12 países mais populosos da Ásia, seis estão fechados às carnes suína e de frango do Brasil, seja por barreiras tarifárias ou sanitárias.

O executivo, que deixará de ser diretor-executivo de assuntos corporativos no Brasil para assumir a vice-presidência de Desenvolvimento de Negócios e Assuntos Corporativos para a região asiática, terá como missão também negociar com governos e entidades para abrir mercado aos produtos brasileiros.

“A China é um país que em princípio está aberto, mas o processo de habilitação de plantas é muito moroso, muito complicado”, exemplificou.

Países como China, Indonésia, Índia, Malásia e Tailândia são citados pelo executivo como potenciais mercados para expansão na Ásia.

“O potencial está principalmente nos mercados mais pobres, onde a classe média está crescendo”, afirmou.

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