Marfrig, outra aposta do BNDES no agronegócio (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 3 de julho de 2012 às 15h57.
Ribeirão Preto - As unidades processadoras de carnes suínas de BRF Brasil Foods em Rio Verde (GO), do Mabella, empresa do Grupo Marfrig, em Caxias do Sul (RS) e da Aurora - Cooperativa Central Oeste Catarinense, em Santa Catarina, foram as três primeiras autorizadas a exportar para a China. Segundo o Ministério da Agricultura, a informação foi publicada hoje pela Administração-Geral de Qualidade, Inspeção e Quarentena daquele país.
O início do comércio de carnes suínas com o mercado chinês ocorre um mês após o anúncio da abertura do mercado para o produto do Brasil, ocorrido durante visita da presidente Dilma Rousseff àquele país. Segundo o Ministério da Agricultura, nos próximos dias os governos dos dois países vão fechar os termos do certificado sanitário que contém os requisitos para o início dos embarques da carne suína nacional.
"Enquanto isso, o setor privado já está programando a produção de acordo com as exigências chinesas", informou o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal, Luiz Carlos Oliveira. Nesta semana, Oliveira se reuniu com representantes da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs). No encontro, foram acertados os requisitos específicos do mercado chinês, que envolvem determinado tipo de animal e ração e o modo de criação do rebanho, por exemplo.
Durante a visita da presidenta a Pequim, os chineses também anunciaram a aprovação de mais 25 frigoríficos brasileiros habilitados a vender carne de frango e outros cinco de carne bovina. No ano passado, as importações dos produtos desses animais renderam US$ 225,6 milhões ao Brasil, dos quais US$ 219,6 milhões de carne de frango. Em 2010, o Brasil foi o principal fornecedor de carne de aves para os chineses.
Desde 2008, a China é o principal comprador de produtos agropecuários brasileiros. Segundo o Ministério da Agricultura, nos últimos três anos as exportações brasileiras para a China cresceram 214%, passando de US$ 3,5 bilhões, em 2007, para US$ 11 bilhões em 2010.