Negócios

Brasil Foods anuncia joint venture com grupo irlandês

A participação na joint venture é de 50% para cada empresa, que juntas vão investir US$ 50 milhões em projetos que incluem uma nova fábrica, em local não informado


	Produção de leite: atualmente, o Brasil tem capacidade de processamento do soro de leite que gira entre 100 mil e 140 mil toneladas.
 (Getty Images / Sean Gallup)

Produção de leite: atualmente, o Brasil tem capacidade de processamento do soro de leite que gira entre 100 mil e 140 mil toneladas. (Getty Images / Sean Gallup)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de novembro de 2012 às 13h00.

São Paulo - A BRF - Brasil Foods e o grupo irlandês Carbery anunciaram na terça-feira (06) uma joint venture para processamento de proteínas de soro de leite - subproduto da fabricação de queijo que há até pouco tempo era jogado fora pelas fábricas brasileiras.

A participação na joint venture é de 50% para cada empresa, que juntas vão investir US$ 50 milhões em projetos que incluem uma nova fábrica, em local não informado.

Segundo fontes do setor, porém, a nova fábrica deve ser erguida em Terenos (MS), onde a companhia comprou, em novembro de 2011, o laticínio Heloísa, por R$ 122,5 milhões. A construção da fábrica, segundo a BRF, deve começar em breve e a previsão é de que as operações tenham início em 2014.

Há pouco mais de cinco anos, a maior parte do soro de leite produzido no Brasil era jogada fora. A partir de 2008, o produto, que era importado pelo País, passou a ser processado aqui por algumas empresas. Atualmente, o Brasil tem capacidade de processamento do soro de leite que gira entre 100 mil e 140 mil toneladas.

O País também importa de 30 mil a 35 mil toneladas do produto ao ano, segundo Otávio A. C. de Farias, especialista no mercado de lácteos e ingredientes do leite e dono da consultoria Alliance Commodities - Brasil.


“Existem 14 fábricas que fazem o processamento no País, mas nem todas rodam o ano inteiro processando o soro. A produção ainda é em pequena escala e não abrange os produtos de maior valor agregado que podem ser extraídos do soro de leite”, afirma o especialista.

A nova fábrica em joint venture com a empresa irlandesa, segundo a BRF, se dedicará à produção de ingredientes nutricionais de alto valor agregado, usados no processo de fabricação de alimentos infantis e alimentação esportiva.

Um dos produtos resultantes do processamento do soro de leite, o permeado de soro de leite, poderá ser usado pela própria BRF para ração animal, segundo fontes do mercado. 

Acompanhe tudo sobre:acordos-empresariaisAlimentaçãoAlimentosAlimentos processadosBRFCarnes e derivadosEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasFusões e AquisiçõesSadiaTrigo

Mais de Negócios

21 franquias baratas que custam menos que um carro popular usado

Startup quer trazer internet mais rápida e barata para empresas

"Tinder do aço": conheça a startup que deve faturar R$ 7 milhões com digitalização do setor

Sears: o que aconteceu com a gigante rede de lojas americana famosa no Brasil nos anos 1980