Os problemas da Tesco não são restritos à Grã-Bretanha. Apesar das vendas internacionais totais terem aumentando 5,5 %, o resultado foi beneficiado por movimentos cambiais favoráveis (Wikicommons)
Da Redação
Publicado em 5 de junho de 2013 às 16h53.
Londres - A Tesco, terceira maior varejista do mundo, registrou uma queda nas vendas trimestrais na Grã-Bretanha, seu principal mercado, retomando uma tendência vista nos últimos três anos e levantando dúvidas sobre seu plano de recuperação de 1 bilhão de libras (1,5 bilhão de dólares).
As ações do grupo supermercadista encerraram o pregão desta quarta-feira em queda de 5,17 % depois que empresa afirmou sofrer com a fraca demanda por produtos em geral, com o corte de gastos de consumidores ingleses em uma economia debilitada, bem como o recuo com o escândalo sobre a carne de cavalo na Europa.
A Tesco, que tem dois terços de suas receitas geradas na Grã-Bretanha, tem sofrido mais do que muitos concorrentes em parte porque vende uma grande proporção de itens não-alimentícios, e também por causa de anos de desinvestimento que a fizeram perder mercado para concorrentes como J Sainsbury e Asda.
As vendas da Tesco nas lojas na Grã-Bretanha abertas há mais de um ano, excluindo combustível e impostos, caíram 1 % nas 13 semanas encerradas em 25 de maio, ante expectativas de analistas de recuo entre 0,5 e 1 % e revertendo um avanço de 0,5 % no trimestre anterior, o mais forte resultado trimestral em 3 anos.
Os problemas da Tesco não são restritos à Grã-Bretanha. Apesar das vendas internacionais totais terem aumentando 5,5 %, o resultado foi beneficiado por movimentos cambiais favoráveis.
As vendas mesmas lojas, excluindo gasolina, caíram 3,8 % na Ásia e 5,5 % no mercado europeu continental, atingida pela recessão e forte concorrência.