Fábrica da Braskem: segundo presidente, o apagão afetou a produção da companhia na Bahia e em Alagoas (Miriam Fichtner/Braskem)
Da Redação
Publicado em 3 de setembro de 2013 às 15h26.
São Paulo - O presidente da Braskem (BRKM5), Carlos Fadigas, espera ter em mãos em cerca de dez dias o balanço das perdas em termos de produção e resultado para a empresa com o apagão no sistema de energia elétrica que atingiu a Região Nordeste na semana passada.
"Não acho que seja um valor que justifique um fato relevante, mas no balanço do terceiro trimestre vamos detalhar os impactos", afirmou Fadigas a jornalistas após participar de seminário sobre inovação promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), nesta terça-feira, 3.
Segundo ele, o apagão afetou a produção da companhia na Bahia e em Alagoas. "São plantas muito sofisticadas que demoraram de quatro a cinco dias para serem totalmente religadas", disse. Fadigas acrescentou que a demora no restabelecimento da produção ocorre porque cada uma destas unidades tem um processo diferente de produção, que necessita de insumos específicos. "Há plantas que geram matérias-primas para outras. Então uma depende da outra", afirmou.
O executivo comentou ainda que a alta do dólar está sendo repassada de forma gradual aos produtos no mercado interno, dependendo de cada cadeia e segmento. Ele reforçou que a política de preços segue a tendência do mercado internacional. "Os ajustes estão acontecendo. É algo móvel e ajustável. Mas não tenho uma posição para dizer agora se tudo está alinhado."
Sobre a atividade econômica, Fadigas afirmou que alguns setores estão mais dinâmicos do que outros, citando alguns casos como o da agricultura e varejo, na parte das embalagens, em razão da volta da distribuição de sacolas plásticas em algumas regiões do País. "Mas vamos ter que esperar o final do ano para saber o quanto do crescimento foi por formação de estoques ou demanda", acrescentou.