Braskem: petroquímica é controlada pela Odebrecht (Mirian Fichtner/Exame)
Reuters
Publicado em 4 de dezembro de 2019 às 10h18.
São Paulo — A Braskem divulgou nesta quarta-feira que, após questionamentos, a Odebrecht informou que não há qualquer definição até este momento sobre eventual acordo com os bancos credores que trate da obrigação de venda da participação do grupo na petroquímica e distribuição de dividendos da empresa.
No começo da semana, a Reuters noticiou, citando fontes a par do assunto, que a Odebrecht está propondo a bancos credores manter o recebimento da maior parte dos dividendos pagos pela petroquímica e que os bancos esperem um período mais longo antes de tentar vender as ações do conglomerado na empresa.
Outra reportagem, do Valor Econômico, e também citando fontes, afirma que a grupo Odebrecht terá um prazo de três anos para vender a Braskem.
A Odebrecht, em processo de recuperação judicial, está reestruturando 51 bilhões de reais em dívida, uma das maiores reestruturações da história da América Latina.
De acordo com as reportagens, a companhia deve apresentar as respectivas propostas na assembleia geral de credores prevista para esta quarta-feira.O Valor, contudo, cita que a assembleia deve ser aberta, mas suspensa e que já estaria prevista a realização de uma segunda convocação no dia 10.
Na correspondência à Braskem, a Odebrecht manteve a previsão de realizar a assembleia nesta quarta-feira e acrescentou que as conversas com credores relacionadas à negociação de seu plano de recuperação judicial "são de caráter privado e confidencial e o plano a ser oportunamente apresentado pelas empresas deverá ser objeto de deliberação pelos credores em Assembleia Geral de Credores a ser devidamente instalada para tanto".
"Especificamente em relação às menções a eventual acordo com os bancos credores que trate da obrigação de venda da participação do Grupo Odebrecht na Braskem S.A. e distribuição de dividendos da Braskem, informamos que não há, até este momento, qualquer definição entre as partes neste sentido e nem se pode ainda assegurar se, quando e em que termos um acordo de fato se concretizará", disse a Odebrecht.