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Brasil deve receber investimento de R$ 2,5 bi da GM

A unidade de São José dos Campos, onde um acordo entre a empresa e o sindicato dos metalúrgicos local tornou viável sua indicação, tem grandes chances de reber o investimento


	Fábrica da GM no Brasil: a montadora pretende investir mais no país
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Fábrica da GM no Brasil: a montadora pretende investir mais no país (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 8 de agosto de 2013 às 09h41.

São Paulo - A General Motors do Brasil já dá como praticamente certa a escolha do País para receber um investimento de R$ 2,5 bilhões que estava sendo disputado também por mais dois países. Falta definir o produto e a fábrica que receberá o projeto.

A unidade de São José dos Campos (SP), onde um acordo entre a empresa e o sindicato dos metalúrgicos local tornou viável sua indicação, tem grandes chances, caso o produto escolhido seja aprovado pela matriz, afirma o presidente da GM América do Sul, Jaime Ardila.

Trabalhar na definição do novo carro, que deve levar em conta as exigências do programa Inovar-Auto, é uma das tarefas do novo presidente da GM do Brasil, Santiago Chamorro, que assumiu o cargo há uma semana.

O programa estabelece, para 2017, parâmetros mais rígidos de emissão de poluentes para os novos carros - similares aos dos Estados Unidos -, além de introdução de novas tecnologias. As empresas que atenderem aos novos padrões terão benefícios fiscais.

Segundo Chamorro, “o Inovar-Auto muda o perfil tecnológico dos novos veículos”, por isso a empresa avalia um produto que atenda às normas, assim como a faixa de preço em que deve atuar. “Não temos pressa em definir o projeto”, diz ele, em sua primeira entrevista no novo cargo.

Inicialmente, a expectativa era de que a decisão da matriz fosse anunciada em julho. A GM confirma apenas tratar-se de um produto de grande volume. No mercado, fala-se num carro compacto, que seria o mais barato da marca.


Mercado

A GM espera vender neste ano 700 mil veículos, ante 642,6 mil no ano passado. De janeiro a julho, a marca acumula alta de 5%, com um total de 367,1 mil unidades comercializadas no período.

Para o mercado como um todo, Chamorro trabalha com números entre 3,85 milhões e 3,95 milhões de unidades. Em 2012 o mercado brasileiro consumiu 3,8 milhões de veículos.

Para 2014, “o número no mínimo será parecido com o deste ano”, prevê o executivo de 43 anos, nascido na Colômbia. Foi a primeira vez que a GM escolheu para comandar a subsidiária brasileira um executivo que já atua no País.

Chamorro era diretor-geral de vendas, serviços e marketing desde maio de 2012. Já havia trabalhado no País entre 2003 e 2007, além de ter passado pelas filiais do grupo na Colômbia, no Chile e nos Estados Unidos.

As exportações da GM neste ano também devem superar as de 2012. De janeiro a julho já foram exportadas 56,9 mil unidades (45 mil carros prontos e 11 mil desmontados), ante 42,6 mil em igual período de 2012.

Só para a Argentina as vendas cresceram 42% no primeiro semestre, somando 32,5 mil unidades. O grupo também exporta para Colômbia, África do Sul e México (para os dois últimos são pequenas quantidades). “O câmbio atual ajuda, mas o principal para ganharmos competitividade são melhorias na infraestrutura e na logística do País”, diz Ardila.

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