Unidade do Casino na França: junto com Brasil, vendas subiram puxadas por Colômbia, Tailândia e Vietnã (ludovic/flickr)
Da Redação
Publicado em 12 de outubro de 2011 às 14h19.
Paris - O grupo francês Casino manteve suas ambiciosas metas de crescimento nesta quarta-feira, ao contrariar o obscuro setor varejista e registrar um crescimento de 21,2 por cento nas vendas do terceiro trimestre, graças ao robusto desempenho de mercados emergentes e aquisições no Brasil e Tailândia.
O Casino, que compete na França com o Carrefour e as redes privadas de varejo francesas Leclerc, Intermarche e Auchan, manteve a sua previsão de crescimento anual de vendas de mais de 10 por cento nos próximos três anos.
Enquanto reportou lento crescimento na França, o Casino confirmou suas metas para o ano, que incluem um aumento de participação no mercado local e a obtenção de um "grande e rentável" crescimento externo, que agora corresponde a 46 por cento das suas vendas.
As vendas do grupo no terceiro trimestre cresceram para 8,705 bilhões de euros (11,9 bilhões de dólares), em linha com a previsão de 8,72 bilhões de dólares de uma pesquisa da Reuters feita com 11 analistas.
Se não fossem levados em conta aquisições e efeitos cambiais, o crescimento teria sido de 6,3 por cento para o grupo, e de 13,1 por cento para os mercados internacionais da companhia.
O Casino, que opera em dez países com mais de 10 mil lojas, disse que as vendas internacionais foram impulsionadas por Brasil, Colômbia, Tailândia e Vietnã.
O forte crescimento no exterior foi combinado a um ritmo mais moderado na França, ainda beneficiado pelas lojas de comércio eletrônico Cdiscount e a rede de lojas de conveniência Monoprix.
Excluindo-se custos com combustíveis, o crescimento nas vendas na França mostrou desaceleração, com crescimento de 1,2 por cento no trimestre, contra 2,2 por cento no primeiro semestre.
Este resultado reflete a desaceleração de vendas de produtos não-alimentícios nos hipermercados Geant, que mostraram queda de 7,3 por cento no trimestre.
O Casino ainda reiterou a meta de levantar 1 bilhão de euros neste ano com a venda de ativos, com o objetivo de reduzir dívidas. Além disso, outra meta de companhia é de manter a sua relação entre dívida líquida e Ebitda --sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização-- em um patamar inferior a 2,2 vezes no final de 2011.