Outros R$ 15 milhões devem ser investidos na construção de um terminal de contêineres no terminal intermodal que a ALL está construindo em Rondonópolis, no Mato Grosso (Germano Lüders)
Da Redação
Publicado em 10 de abril de 2012 às 17h29.
São Paulo - A Brado Logística, empresa de contêineres na qual a ALL possui 80% de participação, prevê investimentos de R$ 200 milhões este ano, sendo que cerca de 30% desse valor (R$ 60 milhões) deve ser usado para a compra de 150 vagões e três locomotivas. Outros R$ 15 milhões devem ser investidos na construção de um terminal de contêineres no terminal intermodal que a ALL está construindo em Rondonópolis, no Mato Grosso, e R$ 5 milhões em tecnologia. Os R$ 120 milhões restantes devem ser usados para pagamento de parte das encomendas de material rodante previstas para 2013. Atualmente, a Brado possui 1.700 vagões e 31 locomotivas.
"Começaremos a construir o terminal de contêineres em Rondonópolis agora em maio", afirmou hoje o presidente da Brado, José Luis Demeterco Neto, durante coletiva de imprensa na feira Intermodal South America, em São Paulo. Localizado em uma área de 150 mil m? e com um ramal férreo de 1,5 quilômetro de extensão, ele deve entrar em operação em fevereiro de 2013. "Em Rondonópolis, devemos começar a operar com uma capacidade de dois mil contêineres por mês", disse o executivo. Ele acredita que, em cinco anos, esse volume pode chegar a 10 mil.
Sobre a situação na Argentina, que está controlando as mercadorias importadas, Demeterco disse que a situação é bastante crítica. "Os portos estão entrando em colapso", disse. "O governo argentino tem colocado barreiras para os produtos importados. Esperamos que ele reveja isso", afirmou. "Não há pessoal e equipamento disponível para vistoriar 100% da carga importada pelo País."
A Brado espera ampliar em 50% o volume total transportado este ano. Foram 80 mil contêineres em 2011 e, para 2012, a estimativa é de 120 mil.
Questionado sobre o impacto que a entrada da Cosan no bloco de controle da ALL pode causar na Brado, Demeterco afirmou que considera o negócio muito positivo. "Temos muita sinergia."