Bradesco: lucro de R$ 2,86 bilhões no trimestre (Egberto Nogueira/EXAME)
Da Redação
Publicado em 26 de outubro de 2011 às 11h49.
São Paulo - O Banco Bradesco SA, terceiro maior banco do País em ativos, teve a menor expansão do lucro em seis trimestres com o aumento das despesas com pessoal e das provisões para devedores duvidosos.
O lucro líquido ajustado, que exclui itens especiais, aumentou 14 por cento, para R$ 2,86 bilhões, ou R$ 2,91 por ação, segundo comunicado enviado hoje ao mercado. No mesmo período do ano passado, o Bradesco teve lucro de R$ 2,52 bilhões, ou R$ 2,38 por ação.
O resultado veio abaixo da estimativa média de seis analistas consultados pela Bloomberg, que era de R$ 2,9 bilhões.
As despesas administrativas e com pessoal subiram 18,6 por cento no terceiro trimestre na comparação com o mesmo período do ano passado, por causa da convenção coletiva, disse o banco. Os bancários receberam um aumento de 9 por cento depois de uma greve de 21 dias, iniciada em setembro. As provisões para devedores duvidosos chegaram a R$ 2,78 bilhões no fim de setembro depois que a taxa de inadimplência, considerando atrasos de mais de 90 dias, atingiu 3,8 por cento no terceiro trimestre, contra 3,7 por cento no segundo trimestre.
O Bradesco “pode sofrer por causa do problema com custos no segundo semestre”, escreveram os analistas Boris Molina, Luis Guzman e Henrique Navarro, do Banco Santander SA, em relatório no dia 13 de outubro. Os analistas, que têm recomendação de “compra” para as ações do Bradesco, disseram que esperam “melhora nos custos nos próximos 14 meses”.
O Bradesco operava em baixa de 1,1 por cento, a R$ 29,90, às 11:52, enquanto o Ibovespa subia 0,7 por cento para 56.701,48 pontos. As ações do banco acumulam uma queda de 8 por cento este ano.
A carteira de crédito do Bradesco aumentou 22 por cento no terceiro trimestre em relação ao ano anterior, para R$ 332,3 bilhões, segundo o comunicado. O total de ativos cresceu 18 por cento para R$ 722,3 bilhões.
O Bradesco manteve sua estimativa para o crescimento da carteira de crédito de 15 por cento a 19 por cento este ano.