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Bradesco Seguros mira avanço maior em 2015

No ano passado, a seguradora já havia superado suas estimativas


	Bradesco Seguros: empresa elevou os prêmios de seguros em 12,9% em 2014, para R$ 56,152 bilhões, em relação a 2013
 (Divulgação/EXAME.com)

Bradesco Seguros: empresa elevou os prêmios de seguros em 12,9% em 2014, para R$ 56,152 bilhões, em relação a 2013 (Divulgação/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 1 de fevereiro de 2015 às 17h04.

São Paulo - A Bradesco Seguros espera entregar uma expansão maior neste ano ancorada, principalmente, na reestruturação e integração que fez em sua área comercial e concluída em 2014, de acordo com o presidente da seguradora, Marco Antonio Rossi.

"Estamos trabalhando para entregar crescimento superior ao de 2014 e devemos nos beneficiar de uma maior sinergia efetiva em termos de vendas", disse ele, em entrevista exclusiva ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

No ano passado, a seguradora já superou suas estimativas. Ao elevar os prêmios de seguros em 12,9%, para R$ 56,152 bilhões, em relação a 2013, ultrapassou a projeção divulgada para o exercício, de alta de 9% a 12%. Para 2015, a expectativa do Bradesco é que o faturamento de sua seguradora avance no mínimo 12% e no máximo 15%.

Segundo o presidente da Bradesco Seguros, embora a mudança de alguns processos com a integração da área comercial já esteja rendendo maiores vendas em determinados segmentos, um resultado mais sólido depende da maturação do projeto. "Vamos continuar tendo ganho tanto na parte operacional como na comercial nos próximos três anos", afirmou Rossi.

Além de aumento de negócios, a integração das áreas comerciais de suas seguradoras possibilitou à Bradesco Seguros marcar presença geograficamente em regiões, nas quais ainda não tinha atuação relevante. O segmento de saúde, conforme Rossi, é um bom exemplo. Hoje, a seguradora atende clientes em grandes e médias cidades.

Para 2015, diferente de outras companhias que reestruturaram áreas de atuação, a Bradesco Seguros não prevê deixar de operar em um determinado segmento. Sobre a possibilidade de vender a carteira de grandes riscos, a reboque do movimento feito por Itaú Unibanco e SulAmérica, ainda em negociação, ele disse que não há pretensão de sair.

"Estamos sempre atentos a oportunidades e não pretendemos sair de nenhum negócio. Há muita gente com vontade de comprar e vender no Brasil", afirmou o presidente da Bradesco Seguros, admitindo que a companhia nunca desejou vender o laboratório Fleury. No ano passado, fundos de private equity, que compram participações em empresas, negociaram a compra do ativo.

Além do desafio de crescer mais em 2015, a Bradesco Seguros inicia o ano com uma mudança em seu quadro diretivo. Após a baixa de Tarcísio Godoy da diretoria da seguradora para a secretaria-executiva do Tesouro Nacional, a companhia fez algumas movimentações. José Sergio Bordin deixou o comando da Capitalização e assumiu Ramos Elementares (Bradesco Auto Re) e Ricardo Alahmar, diretor-gerente, ficou em seu lugar. Marco Antonio Gonçalves assumiu a diretoria-geral da área comercial unificada.

No ano passado, o lucro líquido da Bradesco Seguros atingiu R$ 4,406 bilhões, montante 17,8% maior que o visto em 2013, contribuindo com 28,7% do resultado ajustado do banco. O índice combinado, que mede a eficiência operacional de uma seguradora, ficou em 85,9% em dezembro, menor que o de setembro, de 86,5%, e em um ano, de 86,1%. Quanto menor o indicador, melhor. Acima de 100% indica prejuízo da operação.

Ao final de dezembro, a seguradora do Bradesco somou patrimônio líquido de R$ 20,433 bilhões, aumento de 18,4% em um ano. Seus ativos totais somaram R$ 177,655 bilhões, alta de 13,2%, na mesma base de comparação.

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