Bradesco: rentabilidade da instituição foi a 18,2% ao final de junho contra 18,3% em março (Adriano Machado/Bloomberg)
Estadão Conteúdo
Publicado em 28 de julho de 2017 às 10h48.
São Paulo - O diretor de relações com o mercado do Bradesco, Carlos Firetti, reafirmou a expectativa do banco de entregar retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) entre 18% e 20%. A rentabilidade da instituição foi a 18,2% ao final de junho contra 18,3% em março e 17,4% um ano antes.
"Após concluirmos as sinergias com o HSBC, poderemos elevar ainda mais o nosso ROE", destacou Firetti, em teleconferência com analistas e investidores, na manhã desta sexta-feira, dia 28.
O vice-presidente do Bradesco, Alexandre Gluher, explicou que o banco tem adotado várias iniciativas que tendem a contribuir para melhorar a rentabilidade como melhor segmentação de clientes, o programa de demissão voluntária (PDV), dentre outros.
Carlos Firetti também disse que o spread bancário (diferença de quanto o banco paga para captar e cobra para emprestar) não deve ter redução significativa este ano, a despeito da queda nos juros básicos do País (Selic) e do impacto das mudanças no crédito rotativo. "Não estamos vendo grandes variações nos spreads médios. Com a melhora do ambiente, há algum espaço futuro para alguma redução. Não vemos isso já acontecendo de maneira significativa esse ano", disse.
Firetti explicou que no segundo trimestre a margem do Bradesco foi impactada pelas novas regras do rotativo, que foi limitado em até 30 dias. Ele lembrou que o banco espera impacto de R$ 500 milhões antes de impostos com a mudança, mas que a cifra final pode ficar abaixo disso. O reflexo maior das novas regras no cartão, segundo o diretor do Bradesco, veio no segundo trimestre e a tendência é de que nos próximos trimestres o impacto seja menor.