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"Natal do carro" deve impulsionar vendas da BR Distribuidora

A maior empresa do setor prevê recuperação da demanda de combustíveis impulsionada pela mudança de hábitos do consumidor em meio à pandemia

Posto da BR Distribuidora: expectativa de melhora no quarto trimestre (Marcio Roberto Dias/Agência Petrobras/Divulgação)

Posto da BR Distribuidora: expectativa de melhora no quarto trimestre (Marcio Roberto Dias/Agência Petrobras/Divulgação)

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Juliana Estigarribia

Publicado em 11 de novembro de 2020 às 13h49.

Última atualização em 11 de novembro de 2020 às 15h06.

Após registrar uma queda drástica do lucro no terceiro trimestre, a BR Distribuidora projeta um final de ano atípico, com recuperação da demanda por combustíveis impulsionada pela mudança de hábitos do consumidor em meio à pandemia.

"Os volumes do quarto trimestre devem ser diferentes dos outros anos. Há uma mudança de hábitos das pessoas, que estão usando mais o carro, já estamos vendo isso", afirma Rafael Grisolia, presidente da BR Distribuidora, em teleconferência com analistas.

Segundo o executivo, até mesmo no negócio de diesel a empresa já está registrando melhora, com uma atividade econômica mais forte no quarto trimestre. Na aviação, a BR também tem registrado resultados melhores. "São sinais que nos deixam otimistas." 

O volume de vendas da BR recuou, no terceiro trimestre, 9,8% sobre o mesmo intervalo do ano passado, para 9,455 bilhões de litros. No entanto, houve crescimento de 20,8% em relação ao período anterior.

A companhia registrou lucro líquido de 335 milhões de reais no terceiro trimestre, queda de 74,9% na comparação anual. Apesar da recuperação sobre o trimestre imediatamente anterior, a BR ainda sentiu no período os fortes efeitos da pandemia no consumo de combustíveis.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado, porém, cresceu 1,8% de julho a setembro em relação a igual período de 2019, para 834 milhões de reais. "Estamos bem longe da volatilidade do segundo trimestre".

Grisolia pondera que, embora as vendas de combustível de aviação ainda não tenham alcançado os níveis pré-pandemia, a tendência é positiva. "Vemos melhora no setor de aviação", garante. 

Executivos reforçaram que a empresa está trabalhando para melhorar a entrega de valor para os clientes, tanto na distribuição (B2C) quanto no varejo (B2B).

"Precisamos de parceria forte com a revenda e, ao mesmo tempo, uma proposta bacana para o consumidor final. É nisso que estamos trabalhando", diz Grisolia.

Segundo ele, a companhia está atuando em diversas frentes, como a identidade visual do posto, da marca, a proposta da loja de conveniência, os meios de pagamento ofertados e a parceria com a AME, programa de cashback das Lojas Americanas

"Vamos melhorar a venda média mensal de combustíveis, ser a melhor opção para o consumidor final e ter uma proposta de valor para o revendedor para que ele também se torne bandeirado."

 

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