Negócios

BP diz que irá decidir sobre parceria com HRT em um mês

Acordo de exploração e produção será feito no Brasil

O acordo depende de se a petroleira brasileira Petra, parceira da HRT no projeto, vai vender sua participação por 1,05 bilhão de dólares (Andrew Yates/AFP)

O acordo depende de se a petroleira brasileira Petra, parceira da HRT no projeto, vai vender sua participação por 1,05 bilhão de dólares (Andrew Yates/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de junho de 2011 às 16h13.

São Petersburgo - A terceira maior produtora de petróleo da Rússia, a TNK-BP, 50 por cento da qual propriedade da BP, deve decidir no próximo mês se entra ou não em um projeto de exploração e produção no Brasil, disse nesta sexta-feira o vice-presidente executivo da TNK-BP.

Em maio, a petroleira brasileira HRT disse que queria vender uma participação em blocos de exploração na Amazônia para a TNK-BP quando comprar essa participação da sua parceira Petra.

Maxim Barsky disse à jornalistas que o acordo era tudo ou nada. "Eu acredito que durante o mês que vem nós vamos ou fechar o acordo no Brasil ou não fechar nada", disse Barsky.

"Temos memorandos com o vendedor e nosso conselho está estudando o acordo", acrescentou.

O acordo depende de se a petroleira brasileira Petra, parceira da HRT no projeto, vai vender sua participação por 1,05 bilhão de dólares. Até agora a Petra recusou a venda.

Dirigida pelo geólogo Márcio Mello, ex-Petrobras, a HRT está explorando petróleo na bacia amazônica de Solimões, com a primeira produção esperada para agosto, e tem negócios também na Namíbia.

Nesta sexta-feira, a petroleira brasileira inaugura seu escritório na Namíbia, que será chefiado pelo ex-diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) Nelson Narciso Filho. Até o final de 2013, a HRT espera produzir cerca de 10 mil barris por dia e, em 2020, 350 mil barris por dia, segundo comunicado da companhia.

A empresa está em doze blocos de exploração no offshore da Namíbia.

Venezuela

Dizem que a habilidade para tocar os negócios domésticos é limitada para a TNK-BP, após acionistas russos terem vencido, em tribunal, um caso contra um acordo de 16 bilhões de dólares de troca de ações e exploração no ártico entre a BP e a Rosneft.

A TNK-BP adquiriu ativos da BP no Vietnã e na Venezuela, quando a companhia britânica foi forçada a vender sua participação, para cobrir gastos exigidos pelo desastroso derramamento de petróleo no Golfo do México, no ano passado.

A TNK-BP comprou 16,7 por cento da Petromonagas, 40 por cento da Petroperija e 26,6 por cento da Bougero.

Barsky disse que a TNK-BP fechou recentemente os acordos e deve aumentar sua participação na Petromonagas para 40 por cento. A BP possui participação no projeto Petromonagas, que melhora o petróleo pesado do Orinoco para petróleo sintético mais leve, que pode ser processado por refinarias tradicionais. O projeto contempla reserva de 1,2 bilhão de barris de petróleo equivalente.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaDados de BrasilEmpresasEnergiaGás e combustíveisHRTIndústria do petróleoNegociaçõesParcerias empresariaisPetróleo

Mais de Negócios

"Tinder do aço": conheça a startup que deve faturar R$ 7 milhões com digitalização do setor

Sears: o que aconteceu com a gigante rede de lojas americana famosa no Brasil nos anos 1980

A voz está prestes a virar o novo ‘reconhecimento facial’. Conheça a startup brasileira por trás

Após perder 52 quilos, ele criou uma empresa de alimento saudável que hoje fatura R$ 500 milhões