São Paulo - O banco Santander confirmou nesta quarta-feira que está "em negociações"para comprar o Banco Bonsucesso, mas ainda não soltou nenhum documento vinculante. Rumores sobre a possível aquisição surgiram na tarde desta segunda-feira.
O banco afirmou em fato relevante à CVM que quer fortalecer seu braço de crédito consignado.
Se a negociação for efetivada, o banco espanhol pode ter acertado em cheio. O Bonsucesso está entre as cinco maiores instituições de capital fechado nesta linha de crédito, que o banco prioriza desde sua fundação.
O Banco Bonsucesso foi criado em 1992 por Paulo Henrique Pentagna Guimarães, filho, neto e bisneto de banqueiros de Minas Gerais. Seu bisavô, Benjamin Ferreira Guimarães, foi o fundador do Banco Minas Gerais (BMG) em 1930.
Em 1973, o BMG foi vendido para o banco Real, mas a família seguiu, por diversos caminhos, no setor financeiro. A parte do clã liderada por Flávio Pentagna Guimarães, sobrinho-neto do Coronel Benjamin, continuou com as diversas empresas satélites do banco, inclusive uma corretora financeira que mais tarde daria origem ao refundado banco BMG.
Paulo Vivas Guimarães, primo de Flávio e neto do Coronel, já havia comprado uma concessionária Volkswagen que vendia cerca de 12 carros por mês. Com o dinheiro da venda do banco da família, capitalizou o negócio para transformá-lo na maior rede concessionária do estado, com vendas girando em torno dos 25.000 veículos ao ano.
No fim dos anos 1990, Paulo Henrique, filho de Paulo Vivas, decidiu aproveitar a estrutura da revendedora de carros para criar uma financeira especializada em concessão de crédito para a compra de veículos. Junto com o pai e um investimento de 1,5 milhão de dólares, foi fundado, a partir da nova empresa, o banco Bonsucesso.
Dois anos depois, pressionados pela concorrência trazida pela estabilidade do plano Real, o Bonsucesso decidiu abrir mão do crédito para veículos e focar no crédito consignado.
Hoje, o banco conta com 37 escritórios regionais e lojas próprias, carteira de crédito de 2 bilhões de reais e ativos totais de 2,77 bilhões de reais. No último ano, o Bonsucesso viu sua carteira cair quase 40% e seus ativos totais serem reduzidos em 19,1%.
Se for comprado pelo Santander, o Bonsucesso estará, de certa forma, voltando às suas raízes. O banco Real, que comprou o BMG nos anos 1970, foi comprado pelo banco espanhol em 2007.
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1. O valor de cada banco, segundo clientes
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1/14 (Lia Lubambo/EXAME)
São Paulo – Bom atendimento conta, mas o que mais pesa na avaliação de um
banco é o quanto ele impacta o bolso do consumidor. É o que mostra pesquisa da
CVA Solutions feita com mais de 5,6 mil pessoas no Brasil.
Por conta disso, na relação do custo-benefício dos bancos, o custo responde por 68% da nota fornecida pelos clientes. Já os benefícios (qualidade do
atendimento e variedade de produtos, por exemplo) valem 32% do valor total conferido aos bancos standard, como classificou o estudo. Para os clientes de bancos focados em alta renda (os chamados “premium”, como o
Itaú Personnalité e o
Bradesco Prime), a proporção muda ligeiramente: 67% e 33%, respectivamente. Agora, enquanto para os clientes “standard”, a qualidade dos canais de atendimento vale 35% da nota dos benefícios, para os de alta renda, o peso sobe para 40%. “Estes consumidores tendem a ser mais exigentes: não gostam de fila, usam mais o computador, querem uma boa assessoria”, explica Sandro Cimatti, da CVA.
O perfil do cliente evidentemente impacta a percepção que ele tem sobre o banco. E até o regionalismo, no caso do Banrisul, segundo Cimatti, pode explicar as notas conferidas. Confira o valor percebido (custo-benefício notado pelos clientes) consolidado de cada banco, bem como o desempenho deles em cinco tipos de produtos: conta-corrente, investimentos, empréstimos, seguros e cartão de crédito.
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2. Banrisul
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2/14 (Wikimedia Commons/ JocaV)
Posição no ranking categoria standard: 1º
O
Banrisul ganhou nota 1,05 na relação custo-benefício percebida pelo consumidor. A instituição ficou com nota 1,13 na categoria "custos e taxas cobrados pelo banco". O valor é considerado de padrão internacional pela pesquisa.
Legenda Nota abaixo de 0,98: pior que a concorrência.
Nota de 0,98 até 1,01: na média do mercado.
Nota de 1,01 até 1,06: acima da média do mercado.
Nota acima de 1,07: qualidade internacional.
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3. Caixa Econômica Federal
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3/14 (Tânia Rêgo/ABr)
Posição no Ranking categoria standard: 2º A
Caixa Econômica Federal ficou com nota 1,04 na relação custo-benefício percebida pelo consumidor. Também ficou acima da média do mercado em termos de custos.
Legenda Nota abaixo de 0,98: pior que a concorrência.
Nota de 0,98 até 1,01: na média do mercado.
Nota de 1,01 até 1,06: acima da média do mercado.
Nota acima de 1,07: qualidade internacional
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4. Banco do Brasil
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4/14 (Adriano Machado/Bloomberg)
Posição no ranking categoria standard: 3º O Banco do Brasil, por sua vez, ficou com nota 1,02 no valor percebido pelos consumidores. Também ficou acima do mercado na categoria custos e taxas.
Legenda Nota abaixo de 0,98: pior que a concorrência.
Nota de 0,98 até 1,01: na média do mercado.
Nota de 1,01 até 1,06: acima da média do mercado.
Nota acima de 1,07: qualidade internacional.
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5. Itaú Uniclass e Itaú
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5/14 (REUTERS/Sergio Moraes)
Itaú Uniclass Posição no ranking categoria standard: 4º O Itaú Uniclass ficou com nota 1,00 na relação custo-benefício percebida pelo consumidor. Em benefícios, ficou acima da média de mercado, mas escorregou nos custos e taxas cobrados com nota 0,97.
Itaú Posição no ranking categoria standard: 5º As contas padrão do Itaú tiveram nota 0,99 na relação custo-benefício percebida pelo consumidor.
Legenda Nota abaixo de 0,98: pior que a concorrência.
Nota de 0,98 até 1,01: na média do mercado.
Nota de 1,01 até 1,06: acima da média do mercado.
Nota acima de 1,07: qualidade internacional.
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6. Bradesco
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6/14 (Paulo Fridman/Bloomberg)
Posição no ranking categoria standard: 6º
A nota para a percepção custo-benefício oferecida pelo
Bradesco foi de 0,98.
Nas categorias “transparência e fácil entendimento dos custos” e “redução dos custos por tempo”, o banco ficou abaixo da média do mercado com 0,97.
Legenda Nota abaixo de 0,98: pior que a concorrência
Nota de 0,98 até 1,01: na média do mercado
Nota de 1,01 até 1,06: acima da média do mercado
Nota acima de 1,07: qualidade internacional
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7. Santander
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7/14 (Luísa Melo/Exame.com)
Posição no ranking categoria standard: 7º
O custo-benefício na percepção dos clientes ficou abaixo da média do mercado para o Santander. A nota do banco neste quesito foi 0,97.
Legenda Nota abaixo de 0,98: pior que a concorrência.
Nota de 0,98 até 1,01: na média do mercado.
Nota de 1,01 até 1,06: acima da média do mercado.
Nota acima de 1,07: qualidade internacional
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8. HSBC
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8/14 (Ben Stansall/AFP)
Posição no ranking categoria standard: 8º
O custo-benefício na percepção dos clientes ficou abaixo da média do mercado para o HSBC. A nota do banco neste quesito foi 0,96.
Legenda Nota abaixo de 0,98: pior que a concorrência.
Nota de 0,98 até 1,01: na média do mercado.
Nota de 1,01 até 1,06: acima da média do mercado.
Nota acima de 1,07: qualidade internacional.
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9. Bradesco Prime
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9/14 (Paulo Fridman/Bloomberg)
Posição no ranking categoria premium: 1º
O
Bradesco Prime teve nota 1,09 na relação custo-benefício percebida pelo consumidor. Destaque para a nota de Custos que ficou em 1,10 – valor considerado de padrão internacional pela pesquisa.
Legenda Nota abaixo de 0,98: pior que a concorrência.
Nota de 0,98 até 1,01: na média do mercado.
Nota de 1,01 até 1,06: acima da média do mercado.
Nota acima de 1,07: qualidade internacionalwindow.onload = function(){window.parent.CKEDITOR._["contentDomReadypicture_body"]( window );}
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10. Itaú Personnalité
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10/14 (Reprodução)
Posição no ranking categoria premium: 2º
O
Itaú Personnalitè teve nota 1,01 na relação custo-benefício percebida pelo consumidor. Destaque para a nota de Benefícios que ficou em 1,03 – valor acima do mercado.
Legenda Nota abaixo de 0,98: pior que a concorrência.
Nota de 0,98 até 1,01: na média do mercado.
Nota de 1,01 até 1,06: acima da média do mercado.
Nota acima de 1,07: qualidade internacionalwindow.onload = function(){window.parent.CKEDITOR._["contentDomReadypicture_body"]( window );}
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11. BB Estilo
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11/14 (VEJA RIO)
Posição no ranking categoria premium: 3º
O
Banco do Brasil Estilo teve nota 1,00 na relação custo-benefício percebida pelo consumidor. Destaque para a categoria “custos e taxas cobrados pelo banco” que teve nota 1,06 - valor acima do mercado.
Legenda Nota abaixo de 0,98: pior que a concorrência.
Nota de 0,98 até 1,01: na média do mercado.
Nota de 1,01 até 1,06: acima da média do mercado.
Nota acima de 1,07: qualidade internacional.window.onload = function(){window.parent.CKEDITOR._["contentDomReadypicture_body"]( window );}
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12. Citibank
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12/14 (Divulgação)
Posição no ranking categoria premium: 4º
O Citibank teve nota 0,96 na relação custo-benefício percebida pelo consumidor. Este valor é considerado abaixo do mercado.
Legenda Nota abaixo de 0,98: pior que a concorrência.
Nota de 0,98 até 1,01: na média do mercado.
Nota de 1,01 até 1,06: acima da média do mercado.
Nota acima de 1,07: qualidade internacional. window.onload = function(){window.parent.CKEDITOR._["contentDomReadypicture_body"]( window );}
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13. Santander Van Gogh
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13/14 (Paul Hanna/Reuters)
Posição no ranking categoria premium: 5º
O Santander Van Gogh teve nota 0,95 na relação custo-benefício percebida pelo consumidor. Este valor é considerado abaixo do mercado.
Legenda Nota abaixo de 0,98: pior que a concorrência.
Nota de 0,98 até 1,01: na média do mercado.
Nota de 1,01 até 1,06: acima da média do mercado.
Nota acima de 1,07: qualidade internacional.
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14. Agora, veja os hospitais com padrão internacional
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14/14 (Stock.xchng)