O recém-empossado conselho de administração da Bombril, presidido por Valder Viana de Carvalho desde de 27 de julho, deve nomear o novo presidente da empresa no início da próxima semana. Atualmente, a presidência interina da Bombril é ocupada por Wilson Antônio Nunes, diretor comercial da empresa. Nunes assumiu a posição interina há uma semana, após a saída de Joamir Alves, que ficou no cargo por apenas um mês.

O troca-troca de comando da Bombril deve-se à disputa pelo controle acionário da empresa, agravada pela crise do grupo italiano Cirio, controlador da Bombril (clique aqui para ler a reportagem "Caos na Bombril").

Nesta semana, um tribunal de justiça da Itália declarou insolvência da Cirio e nomeou três administradores para avaliar se a empresa deve ter a falência decretada ou se deve ser enquadrada em um programa de administração especial do ministério da indústria italiano. Caso decidam pela segunda opção, o ministério italiano nomeará uma equipe para reestruturar a Cirio.

No ano passado, a Cirio deu um calote de mais de um bilhão de dólares em eurobônus. O comando do grupo italiano já havia anunciado a intenção de vender a Bombril. No entanto, a venda da empresa só pode ser efetivada após um acordo com o ex-controlador da empresa Ronaldo Ferreira Sampaio, herdeiro do fundador da empresa. Ferreira vendeu sua participação na Bombril ao empresário Sergio Cragnotti em 1995, mas recebeu apenas parte do pagamento. Na última tentativa de acordo, Cragnotti se dispôs a pagar 121 milhões de dólares a Ferreira, mas pagou apenas 5 milhões.