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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.
La Paz - A Bolívia alertou um consórcio liderado pela espanhola Repsol que ele tem que investir neste ano em seu campo de gás natural Margarita, ou o Estado vai assumir o projeto, disse nesta quinta-feira o vice-presidente da Bolívia, Alvaro Garcia.
O presidente Evo Morales nacionalizou há quatro anos a indústria de energia do país e, apesar de empresas estrangeiras continuarem a operar na Bolívia, elas paralisaram os investimentos para ampliar a produção.
"Os investimentos no campo Margarita têm que acontecer neste ano, e se eles não investirem, vamos fazer isso... a (estatal) YPFB terá que assumir a responsabilidade de investir e tomar o controle direto da produção no campo", disse Garcia em entrevista à imprensa em La Paz.
O campo de Margarita fica no bloco Caipipendi, no qual a Repsol é operadora com 37,5 por cento. O BG Group Plc detém 37,5 por cento e a Pan American Energy, 25 por cento.
No final do ano passado, a Repsol disse que as três empresas vão investir 1,5 bilhão de dólares em Huacaya e Margarita, os dois campos no bloco Caipipendi.
O governo já disse no passado que o desenvolvimento de Caipipendi vai permitir que a Bolívia eleve as exportações de gás natural para a Argentina.
A Bolívia assinou um acordo para quadruplicar as exportações de gás natural para a Argentina até 2011, ante o máximo atual de 7,7 milhões de pés cúbicos por dia.
A Bolívia tem a segunda maior reserva de gás natural da América do Sul, depois da Venezuela, e é o principal exportador da região, fornecendo para Argentina e Brasil.