Companhia tem entregas programadas para 2025 que já estão cinco anos atrasadas (Samuel Corum/Getty Images)
Repórter colaborador
Publicado em 20 de agosto de 2024 às 08h27.
A Boeing disse na segunda-feira que interrompeu os testes de voo do seu 777X após encontrar danos na fuselagem. As informações são da CNBC.
A empresa disse que descobriu os danos na peça, que fica entre o motor e a estrutura do avião, durante uma manutenção programada. Desde então, interrompeu testes com outros três aviões 777-9 de sua forta. Nenhum outro teste de voo foi programado para a outra aeronave, disse a Boeing.
"Nossa equipe está substituindo a peça e retomará os testes de voo quando estiver tudo pronto", disse a Boeing em um comunicado. A companhia informou a Administração Federal de Aviação e seus clientes, que encomendaram 481 modelos do 777X, de acordo com o site da Boeing.
Não ficou imediatamente claro se a paralisação e o problema afetariam a certificação e a entrega dos novos jatos que estão programados para 2025 - com cinco anos de atraso. A Boeing começou os testes de voo da aeronave com a Administração Federal de Aviação em julho.
A notícia, relatada anteriormente pelo The Air Current, chega no momento em que os líderes da Boeing, incluindo o novo CEO Kelly Ortberg, estão tentando fazer a empresa superar uma crise de segurança que começou no início do ano, quando Boeing 737 Max 9s da Alaska Airlines voou por 15 minutos com uma das portas aberta em razão de um problema no plugue da estrutura.
A Boeing anunciou em 31 de julho a nomeação de Kelly Ortberg como novo presidente e CEO da empresa. Ortberg, com mais de três décadas de experiência na indústria aeroespacial, assume o cargo em 8 de agosto, enfrentando o desafio de reverter a crise de reputação e segurança da Boeing, além de retomar a produção de jatos comerciais.[/grifar]
A fabricante de aeronaves enfrenta um momento crítico, após um incidente em janeiro com um jato MAX 9 da Alaska Airlines que resultou em um prejuízo de US$ 1,4 bilhão (R$ 7,91 bilhões) no segundo trimestre. O acidente levou à renúncia do CEO Dave Calhoun e impôs à Boeing uma série de restrições por parte da Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA), incluindo a limitação na produção do 737 MAX a 38 jatos por mês.