Jato 787-9 Dreamliner da Boeing em um hangar da Air New Zealand no Aeroporto Internacional de Auckland, na Nova Zelândia (Brendon OHagan/Bloomberg)
Estadão Conteúdo
Publicado em 14 de outubro de 2021 às 12h49.
A Boeing está lidando com um novo defeito em seu 787 Dreamliner, o mais recente em uma série de erros de produção que atrasaram as entregas de aeronaves e aumentaram o escrutínio do governo dos Estados Unidos.
O novo problema envolve peças de titânio que são mais fracas do que deveriam ser em 787s construídos nos últimos três anos, disseram pessoas a par do assunto. A descoberta se junta a uma série de questões do Dreamliner que deixaram a Boeing com mais de US$ 25 bilhões em jatos presos em seu estoque.
O problema é uma nova evidência de que a fabricante de aviões ainda está tentando consertar suas operações de fabricação, apesar de uma pressão de quase dois anos do CEO David Calhoun para restaurar a reputação da Boeing na construção de jatos de qualidade.
Além disso, a Administração Federal de Aviação (FAA) americana está investigando os controles de qualidade da Boeing. A empresa reconheceu que não resolveu o problema do lixo que sobra do processo de produção, como duas garrafas vazias de tequila encontradas em setembro em um novo jato do Força Aérea do país em construção.
Reguladores têm mantido uma supervisão mais rigorosa da produção do 737 MAX após duas falhas. Os acidentes, que ceifaram 346 vidas, foram atribuídos em grande parte ao projeto defeituoso da Boeing de um novo sistema de controle de voo que lançou os jatos em uma queda livre fatal.
Um porta-voz da Boeing disse que a empresa está progredindo na melhoria da produção e elevando seus próprios padrões, apesar das interrupções operacionais.
"Fortalecemos nosso foco na qualidade e incentivamos constantemente todos os membros de nossa equipe e cadeia de suprimentos a levantarem quaisquer questões que precisem de atenção", disse o porta-voz. "Quando as questões são levantadas, é uma indicação de que esses esforços estão funcionando.".