Boeing MAX 737: analistas reduziram estimativas de entrega para 2019. (Jason Redmond/Reuters)
Reuters
Publicado em 9 de julho de 2019 às 15h56.
Última atualização em 9 de julho de 2019 às 15h56.
A Boeing está prestes a perder o título de maior fabricante de aviões do mundo, depois de reportar uma queda de 37% nas entregas no primeiro semestre do ano devido ao prolongado problema de seus jatos campeões de vendas MAX.
As entregas da Boeing ficaram em 239, abaixo das da Airbus, que na terça-feira disse que entregou 389 aviões no mesmo período, 28% mais que um ano antes. A Reuters informou o número de entregas da Airbus na sexta-feira, citando fontes.
Os números indicam que as entregas anuais da Boeing devem ficar atrás da rival europeia pela primeira vez em oito anos. Um novo problema identificado com os jatos MAX no mês passado atrasou a entrada da aeronave em operação até pelo menos o fim de setembro, atrapalhando programações para as companhias aéreas e possivelmente aumentando os custos da Boeing.
Para lidar com as consequências após a manutenção das aeronaves em solo, a Boeing reduziu a produção de 52 para 42 jatos MAX por mês, fazendo com que a fabricante realizasse uma provisão de 1 bilhão de dólares no primeiro trimestre.
As entregas da aeronave MAX foram interrompidas em março, após um acidente da Ethiopian Airlines matar todas as 157 pessoas a bordo.
Desde então, a Boeing não registrou nenhum novo pedido para os aviões MAX. Vários analistas reduziram estimativas de entrega para 2019 para o MAX, e muitos não esperam que a aeronave seja entregue aos clientes antes de dezembro.