Boeing 737 Max: agência de aviação dos Estados Unidos (FAA) provavelmente não aprovará o retorno dos voos do avião até março (Matt Mills McKnight/Reuters)
Reuters
Publicado em 20 de janeiro de 2020 às 19h49.
Última atualização em 20 de janeiro de 2020 às 19h52.
Washington — A Boeing está negociando com bancos empréstimos de pelo menos 10 bilhões de dólares em meio a custos crescentes gerados pela paralisação no ano passado dos voos do 737 MAX, após duas quedas que mataram centenas de pessoas, afirmou uma fonte à Reuters nesta segunda-feira.
A notícia foi publicada mais cedo pela CNBC, que citou fontes afirmando que a Boeing já assegurou pelo menos 6 bilhões de dólares junto a bancos e que está conversando com outras instituições financeiras sobre o restante.
Uma fonte confirmou para a Reuters as negociações, mas não ficou claro quanto a Boeing vai levantar e se a empresa vai vender novos títulos de dívida. Uma questão importante para a Boeing é a flexibilidade, uma vez que não está claro por quanto tempo o 737 MAX ficará sem voar.
Representantes da Boeing não comentaram o assunto.
A Reuters publicou na sexta-feira que a agência de aviação dos Estados Unidos (FAA) provavelmente não aprovará o retorno dos voos do avião até março e que pode adiar a questão para abril ou depois.
A Boeing confirmou nesta segunda que interrompeu a produção do 737 MAX em Washington nos últimos dias. A empresa não recebe pagamento até que entregue os aviões produzidos aos clientes.
A Boeing estimou os custos da suspensão dos voos do 737 MAX em mais de 9 bilhões de dólares até agora e deve revelar significativos custos adicionais na publicação, em 29 de janeiro, de seus resultados de quarto trimestre. Analistas estimam que a Boeing está acumulando prejuízo de cerca de um bilhão de dólares por mês por causa da suspensão.